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FIA confirma candidato único e Jean Todt será reeleito presidente

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta quarta-feira que terá apenas um candidato na eleição de dezembro. Assim, o francês Jean Todt garante mais um mandato na presidência da entidade que rege o automobilismo mundial. O dirigente de 71 anos só aguarda ser oficializado na Assembleia Geral Anual da FIA agendada para o dia 8 de dezembro.

A FIA tinha prazo até 17 de novembro para a inscrição de candidatos à presidência. Mas somente Todt inscreveu sua chapa na data prevista. Desta forma, vencerá a eleição pela terceira vez, com mandato agora até 2021. Ele assumiu a presidência em 2009, ao substituir o inglês Max Mosley, envolvido em polêmicas na época.

Todt já havia revelado intenção de concorrer ao terceiro mandato em maio deste ano, quando fez ajustes em sua equipe e anunciou a chapa que concorreria em dezembro, com poucas mudanças. As alterações foram suficientes para agradar aliados e colegas e garantir a ausência de concorrentes.

Será o último mandato de Todt à frente da FIA porque o regulamento da entidade permite apenas três seguidos. Então, o ex-chefe da Ferrari deve iniciar no próximo ano a identificação de um sucessor.

Em seu último mandato no comando da FIA, o francês terá grandes desafios pela frente. E todos envolvem o futuro da Fórmula 1, a começar pela renovação do Pacto da Concórdia, que é o acordo entre a FIA, a associação das equipes da F-1 e os donos dos direitos da categoria, o grupo norte-americano Liberty Media.

O acordo atual, que define principalmente responsabilidades das partes e divisão de lucros e premiações entre os três entes, tem duração somente até 2020 e terá que ser renegociado para a renovação. Pela primeira vez, a negociação não terá a participação de Bernie Ecclestone, ex-chefão da Formula One Management (FOM), hoje de propriedade do grupo americano.

Em meio a esta negociação, que promete ser mais dura que as anteriores, Jean Todt terá que intermediar os atritos entre as equipes e a Liberty Media. Os novos proprietários pretendem realizar mudanças nos motores a partir de 2021 e as novas ideias, já em discussão, desagradaram a pelo menos metade dos times. Estas discordâncias devem afetar diretamente as negociações pelo novo Pacto da Concórdia.

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