A Vila Capanema viveu uma noite como há muito não se via. Mais de 15 mil pessoas lotaram o Durival Britto e Silva e fizeram uma grande festa para acompanhar o empate sem gols entre Paraná Clube e Atlético, que classificou o Furacão para a semifinal do Campeonato Paranaense. Apesar da tristeza do lado paranista com a eliminação depois de ter a melhor campanha da primeira fase do Estadual, fica o orgulho resgatado do torcedor nesses primeiros quatro meses da temporada.
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Se dentro de campo o clássico foi bastante disputado, nas arquibancadas, as duas torcidas fizeram uma bonita festa. Os paranistas deram um show a parte e o apoio foi incondicional durante os 90 minutos. Em menor número, mas não menos barulhenta, a torcida atleticana lotou o espaço destinado aos visitantes. Um pouco mais tensa diante da atuação ruim do Furacão, mas confiante, sobretudo pela vantagem adquirida na partida de ida, os torcedores do Rubro-Negro pediram durante a partida raça.
A festa das duas torcidas foi regada a muita provocação sadia antes e durante o clássico. A torcida paranista pegou no pé especialmente do goleiro Weverton, ainda no aquecimento, que respondeu com gestos com os braços. Do lado rubro-negro, as provocações aconteceram ironizando o tempo em que o Tricolor está disputando a Série B do Campeonato Brasileiro – completa 10 anos em 2017 – e também quanto ao momento financeiro instável do clube.
Fora da Vila, as duas torcidas chegaram com bastante tranquilidade ao estádio. Foi registrado somente um incidente. Antes mesmo de a bola rolar, a Polícia Militar, que mobilizou mais de 400 homens para trabalhar na segurança da partida, registrou confronto de torcedores dos dois clubes no bairro Pilarzinho. Não houve informação de feridos ou presos.
Dentro de campo, porém, sobrou violência após o jogo. Tudo começou com Weverton, que provocou a torcida tricolor e acabou gerando um grande tumulto. Sobraram socos e pontapés entre jogadores e comissão técnicas dos dois times, que acabaram tirando um pouco do brilho do clássico.