São Paulo – Michael Schumacher volta às pistas hoje, no Circuito da Catalunha, em Barcelona. Ele não acelera um carro de Fórmula 1 desde o GP Brasil, disputado dia 24 de outubro em Interlagos. Mas ontem, tanto o piloto sete vezes campeão do mundo quanto Rubens Barrichello, Luca Badoer, piloto de testes da Ferrari, Luca di Montezemolo, presidente da empresa, Jean Todt, diretor-geral, dentre outros, tiveram uma audiência com o papa João Paulo II, na sala Clementina, no Vaticano. "Considero esta a linha de chegada mais prestigiosa para nós", definiu Montezemolo.
João Paulo II e integrantes da Ferrari, na realidade, já se encontraram antes. Foi em agosto de 1988. Enzo Anselmo Ferrari, o mítico fundador da escuderia de Maranello, então com 90 anos, recebeu a extrema-unção do pontífice, pouco antes de sua morte, ocorrida a 14 de agosto de 1988, em Maranello. Hoje a Ferrari foi ao papa. Montezemolo falou em nome do grupo, que ofereceu a João Paulo II uma miniatura do modelo F2004, com o qual Schumacher conquistou seu sétimo título mundial, ano passado, e o time o sexto campeonato de construtores seguido: "Trata-se de uma homenagem a um homem de coragem na luta pelos direitos humanos nesses seus 26 anos de pontificado??. Fez também uma analogia com a Fórmula 1: "Ele está na pole position dos caminhos da humanidade??. O papa, por sua vez, disse: "A igreja considera o esporte, quando todas as regras são cumpridas, um instrumento válido de educação em especial para as gerações mais jovens??.
Na visita de João Paulo II a Maranello, em 1988, os italianos lhe ofereceram uma volta num dos modelos de série da empresa. Naquela época, contudo, a Ferrari vivia momento oposto ao de hoje. A última vez que havia sido campeã entre os pilotos fora nove anos antes, com Jody Scheckter. Agora, é um padrão de referência na Fórmula 1. Quem desejar vencer na competição deve, necessariamente, adotar várias de suas soluções, técnicas e administrativas.
