São Paulo – Bateu o desespero, o cronograma foi rasgado e a Ferrari vai arriscar. A equipe italiana, surrada pela Renault ? principalmente ? e por quase todo mundo nas duas primeiras etapas do Mundial de Fórmula 1, resolveu antecipar a estréia de seu novo carro para o GP do Bahrein, no dia 3 de abril.
Inicialmente, a idéia do time era colocar a F2005, seu nome de batismo, para correr apenas na quinta corrida do ano, em Barcelona. ?Decidimos pela manhã que vamos correr com ele na próxima prova?, disse o assessor de imprensa Luca Colajanni.
O carro vai para a pista ?quase virgem?. Seus pilotos titulares, Rubens Barrichello e Michael Schumacher, fizeram, cada um, apenas um teste com a máquina. Foi nesta semana em Mugello. Rubens deu 95 voltas. Michael, 81. E só. Ambos disseram ser um carro mais rápido que a F2004M, que vem a ser a Ferrari do ano passado emendada para atender ao regulamento desta temporada.
Na Austrália e na Malásia, a equipe de Maranello obteve um segundo lugar com o brasileiro e um sétimo com o alemão. Cada um abandonou uma corrida. Com dez pontos, é o pior início de temporada da Ferrari desde 1998. A Renault, líder, tem duas vitórias e soma 26 pontos. Os resultados em si, embora medíocres, não são horrendos. Ruim mesmo, para a Ferrari, foi ver seus carros largando sempre depois da 10ª posição e fazendo tempos, em treinos, entre um e dois segundos por volta piores que a concorrência.
A estréia da F2005, porém, está longe de ser a solução para uma reação imediata dos ferraristas. Primeiro, pela pouca quilometragem. Segundo, porque nem mesmo a cúpula da equipe leva muita fé na sua criação.
Muito desses aspectos têm a ver com os pneus. A Ferrari evita criticar publicamente a Bridgestone, mas está cobrando os japoneses. Estes, por sua vez, assumiram a culpa pelo mau resultado da Malásia e prometem uma nova ?família? de pneus especialmente feitos para a F2005 que estarão disponíveis já no deserto de Sakhir para a próxima corrida do campeonato.
Zonta é o primeiro em Paul Ricard
Rio – Doze pilotos de seis equipes da Fórmula 1 participaram nesta quinta-feira dos testes coletivos da categoria. Toyota, Renault, McLaren e BAR testaram no circuito francês de Paul Ricard, ao passo que Williams e Red Bull Racing testaram no circuito de Montmelò, em Barcelona, Espanha.
O mais rápido do dia na França foi o curitibano Ricardo Zonta, piloto de testes da Toyota, que marcou 1min03s848 em sua volta mais rápida. Em segundo lugar ficou a McLaren do espanhol Pedro de la Rosa (1min04s496) e em terceiro a outra McLaren, do austríaco Alex Wurz (1min04s593).
As Renault do francês Franck Montagny (1min04s695) e do finlandês Heikki Kovalainen (1min04s843), as BAR do britânico Anthony Davidson (1min05s180) e de Jenson Button (1min06s434) e a Toyota do italiano Jarno Trulli (1min06s725) também participaram do treino.
Já em Barcelona, o mais rápido foi o norte-americano Scott Speed com a Red Bull. Ele marcou o tempo de 1min16s122, deixando o alemão Nick Heidfeld, da Williams, em segundo lugar. Antonio Pizzonia terminou com o terceiro tempo, 1min17s160.
