Londres – A informação de Jean Todt, diretor-geral da Ferrari, publicada ontem pelo jornal inglês The Times, parece ser muito mais uma tentativa de explicar o acordo em separado com Bernie Ecclestone, promotor do Mundial, do que retratar a realidade. "Nós levamos a sério a possibilidade de abandonar a Fórmula 1 por causa dos custos", disse o dirigente da equipe italiana.
A direção da Ferrari aceitou a oferta de US$ 100 milhões de Ecclestone para estender o Acordo da Concórdia de 2007 para 2013 e, com isso, a equipe reviu a posição quanto ao seu futuro na competição.
Hoje há um racha na Fórmula 1: de um lado está a Ferrari apoiada por Ecclestone e o presidente da FIA, Max Mosley, e do outro, os nove demais times.
Segundo Todt, o acordo com Ecclestone abre as portas para que as outras escuderias façam o mesmo. Na mesma entrevista o dirigente francês falou: "Nossa empresa é pequena e tínhamos necessidade de cobrir os custos da Fórmula 1."
O Mundial sem a Ferrari perde muito de seu glamour, charme, misticismo, história, mas é possível que sobreviva. Já a Fórmula 1 apenas com a Ferrari, sem seus adversários, não faz sentido. É por isso que Todt até se propõe, agora, a colaborar para que os nove times se entendam também com Ecclestone, ou seja, definam o valor que acham justo receber e iniciem negociações.
Jerez
Nos treinos de ontem, na Espanha, Juan Pablo Montoya, com McLaren MP4/20, foi o mais veloz, ao fazer 1m16s803 (102 voltas), seguido por Nick Heidfeld, com Williams FW27 e tempo de 1m17s379 (125), e Felipe Massa, com Sauber C24, que fez 1m17s395 (99). Todos modelos 2005.
Rubens Barrichello trabalhou com a Ferrari F2004M, a ser usada nas quatro primeiras etapas do campeonato, e ficou com o quarto tempo, 1m17s447 (70). Nesta quinta-feira, Michael Schumacher assume o F2004M.
Lucas di Grassi
O talentoso brasileiro, de 20 anos, foi reconfirmado, ontem, como piloto do programa de jovens promessas da Renault.