A Ferrari confirmou nesta segunda-feira que a parceria vitoriosa com o alemão Michael Schumacher, que já dura 13 anos, pode chegar ao fim. O presidente da escuderia, Luca di Montezemolo, afirmou que não vai impor dificuldades se o piloto, que ganhou cinco dos seus sete títulos na Fórmula 1 pela equipe italiana, aceitar a proposta da Mercedes para voltar às pistas depois de três anos de aposentadoria.
Montezemolo diz não ter conversado com o alemão sobre o assunto, mas deixou claro, porém, que não há possibilidade de Schumacher conciliar seu trabalho atual com um novo desafio. “Está claro que, se ele decidir por outro caminho, o nosso acordo (de consultoria) não será mais válido. Não se pode trabalhar para uma equipe adversária e para nós ao mesmo tempo”, pondera o presidente da Ferrari.
Após a despedida das pistas, no GP do Brasil de 2006, Schumacher vinha trabalhando como consultor da escuderia italiana. Em agosto, depois do acidente de Felipe Massa no GP da Hungria, foi anunciada a sua volta às pistas, o que acabou não ocorrendo porque os médicos apontaram que o ex-piloto ainda não estava totalmente recuperado de uma contusão no pescoço, sofrida em um acidente de moto no início do ano.
Em setembro, Schumacher comunicou um acordo para mais três anos de trabalho nos bastidores da equipe italiana. No último sábado, porém, o jornal alemão “Bild” publicou reportagem dizendo que o heptacampeão estava perto de firmar contrato para correr pela Mercedes, que este ano foi a equipe vencedora do Mundial de Pilotos e Construtores sob o nome de Brawn GP. O chefe da equipe, Ross Brawn, trabalhou com o piloto alemão em seus anos de ouro na Ferrari.
Se Schumacher assinar esta semana com a Mercedes, como prevê a imprensa, a Fórmula 1 teria uma equipe de montadora alemã com dois pilotos do país – Nico Rosberg já está confirmado para 2010 e, agora, espera o anúncio de seu companheiro.