Marcel briga com Fernando por uma vaga no meio. |
O meia Fernando colocou um ponto de interrogação na cabeça de Paulo Campos. O técnico do Paraná Clube já admite reformular até a estrutura tática do time para o jogo de amanhã, às 16h, no Pinheirão, frente ao Botafogo.
Três formações distintas de meio-de-campo foram trabalhadas na tarde de ontem, ampliando as dúvidas do treinador. A formação utilizada durante toda a intertemporada – e que inicialmente estaria em campo neste reinício de Brasileirão – pode ainda sofrer ajustes.
O deslocamento de João Vítor para o setor de criação parece não ter preenchido todas as expectativas do treinador. Com a entrada do volante neste setor, o Tricolor ganhou em marcação e vitalidade. Mas, o problema maior do time nas últimas partidas foi a falta de criatividade e neste ponto, não houve evolução. Após 30 minutos de coletivo, Paulo Campos trocou Marcel por Fernando. A tentativa – deixando o time posicionado com três volantes e tendo Fernando livre para a armação – deixou o time, curiosamente, exposto aos contragolpes.
A última tentativa do treinador foi, então, utilizar dois meias de criação. João Vítor saiu e Marcel voltou ao time. Com a dupla, o time foi mais ofensivo e conseguiu criar várias chances de gol. “Só não gostei da utilização de apenas um meia solto à frente. Ficamos muito vulneráveis”, disse Paulo Campos. Uma nova opção será testada hoje pela manhã. O treinador pretende utilizar Fernando como um segundo atacante, como ocorreu no segundo tempo do amistoso frente ao Concórdia.
“Neste posicionamento, poderemos ter, na teoria, um time de maior mobilidade, com apenas um atacante de referência e outro flutuando com liberdade”, explicou. Neste caso, Adriano sairia do time, com Fernando e Galvão formando o ataque. “São alternativas que estou testando. O objetivo é encontrar a formação mais equilibrada possível”. Ficou evidente, porém, a intenção de Paulo Campos de utilizar Fernando, que fez bons treinamentos após ter sua titularidade ameaçada.
Após o treino, Paulo Campos reuniu-se com os cinco jogadores que podem formar o “novo” meio-de-campo. “Ele não nos disse quem vai jogar, mas estou na briga. O importante é estar em campo, por isso nunca reclamei de funções às quais fui instruído a executar”, finalizou Fernando.
Uma experiência que deu certo
Durante pouco mais de uma semana o Paraná Clube trabalhou intensamente nas cidades de Piratuba e Peritiba. Além dos treinos físicos, técnicos e táticos, houve ênfase a aspectos psicológicos do grupo. Para o técnico Paulo Campos, o ponto fundamental da intertemporada foi atingido: assegurar a união do elenco e integrar da melhor forma possível os jogadores recém-chegados ao clube. “Precisávamos desse tempo e o povo destas cidades nos acolheu de uma forma muito especial”, destacou o treinador paranista.
Além do tratamento de primeira no Hotel Vila Germânica, admiradores e alunos da escolinha de futebol de Peritiba (que trabalha sob a marca Paraná Clube) estiveram presentes a quase todos os treinos do tricolor, inclusive no amistoso frente ao Concórdia – 3×0 para o Paraná -, que marcou o fim das atividades na região Oeste de Santa Catarina. Esta, porém, pode ser apenas a primeira experiência do Paraná Clube em Piratuba. Pelo menos no que depender do empresário César Leobet, proprietário do Vila Germânica e um dos incentivadores da intertemporada.
César Leobet estará em Curitiba para acompanhar o jogo de amanhã, Paraná Clube x Botafogo. Deve fechar ainda uma parceria com o departamento social do tricolor, assegurando descontos para sócios do clube na utilização do Hotel Vila Germânica.