Douglas deve ser o titular da
meta alviverde em Volta Redonda.

O "homem de ferro" vai desfalcar o Coritiba na partida de amanhã, às 18h10, contra o Fluminense, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. O goleiro Fernando voltou a sentir dores no ombro e dificilmente viajará ao Rio no início da tarde junto com a delegação alviverde. Apesar dos médicos estarem esperando a reação dele hoje, o técnico Cuca não deve utilizá-lo.

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O treinador tem uma posição bem clara em relação aos jogadores lesionados: quem não treina pelo menos um dia com o restante do grupo não pode jogar. Fernando iria trabalhar na manhã de ontem, mas durante o treinamento acabou reclamando da tendinite traumática no ombro e acabou sendo retirado pelo médico William Yousef.

Fernando retomou o tratamento intensivo e passa esta manhã por novo teste, este decisivo. "Precisamos aguardar a recuperação completa. Ainda há tempo, e por isso queremos fazer uma nova avaliação", explica Yousef, que reconhece ser muito difícil a utilização do goleiro amanhã. "Ele sentiu ao fazer o mesmo movimento do jogo. Vamos esperar, mas ele está praticamente vetado." Com isso, Douglas deve ganhar nova oportunidade no time titular.

Outro vetado foi Reginaldo Vital, com dores no músculo adutor da coxa esquerda. Mas, mesmo se liberado o meia não seria titular. Márcio Egídio ganhou a posição no meio-de-campo. "Assim eu dou mais liberdade para o Capixaba, que pode se aproximar ainda mais dos atacantes", explica Cuca.

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Nas outras posições, o trabalho de ontem – que tinha duração prevista de três horas, mas teve o término antecipado por causa da chuva – serviu para ratificar a escalação de Vágner na defesa e de Tiago no ataque. O zagueiro assume a posição de Reginaldo Nascimento com a orientação de jogar da mesma maneira do capitão. "Ele tem velocidade, e com isso nós mantemos a estrutura do time na marcação", comenta o treinador.

Tiago é a esperança de gols. Após as boas atuações contra Santos, Palmeiras e São Paulo, o centroavante enfim assume a posição de Marciano, que ficará entre os reservas. "É um jogador com porte, e que sabe fazer muito bem o trabalho na área. Confio no Tiago", avisa Cuca. "Espero corresponder às expectativas do treinador", finaliza o atacante. Assim, o Cori para enfrentar o Fluminense terá Douglas; Miranda, Flávio e Vágner; Rafinha, Márcio Egídio, Luís Carlos Capixaba, Jackson e Ricardinho; Tiago e Alexandre.

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Rottweiler pronto pra ?morder?

Não existe nada pior para um jogador que ficar sem jogar, impotente diante dos adversários. O volante Márcio Egídio viveu esta situação no final de semana passado, quando o Coritiba enfrentava o São Paulo e ele cumpria suspensão por ter sido expulso contra o Palmeiras. Mas era algo novo para o jogador – mesmo sendo do setor de ?destruição?, foi o seu primeiro cartão vermelho como profissional.

Egídio acabou expulso por Márcio Rezende de Freitas após uma falta em Ricardinho. Levou o segundo amarelo e acabou indo mais cedo para o vestiário. ?Desde os juvenis eu não passava por esta situação?, lamenta o volante, um dos três jogadores do Cori expulsos até agora no Brasileiro. Em quatro rodadas, foram três vermelhos e dezesseis amarelos – o maior número entre as 22 equipes.

Além de entrar na estatística, Márcio Egídio viveu mais uma vez a situação de desfalcar a equipe tendo condições de jogo. ?Desta vez foi estranho, porque eu só ficava fora por levar três cartões amarelos. Mas não é uma situação boa. A gente sofre, porque não pode fazer nada em um jogo importante como foi o contra o São Paulo?, confessa o jogador, há pouco mais de um ano como profissional do Coritiba.

De volta contra o Fluminense, o volante terá a incumbência de sempre: ser o ?cão de guarda? do meio-de-campo. Esta abnegação na marcação deu a ele o apelido de ?Rottweiler?, dado pelo técnico Antônio Lopes – segunda incursão do ex-comandante coxa no mundo canino, já que fora ele que fez o gremista (hoje no Porto) Cláudio virar Pitbull. ?Eu vou fazer o que eu sempre faço, marcar muito para ajudar o Coritiba?, diz Márcio Egídio, feliz por jogar. ?Ficar só na torcida é muito complicado. Prefiro mil vezes estar em campo?, finaliza.