Sem contar com Da Silva, lesionado, o técnico Lori Sandri partiu para a única alternativa que lhe permitia a manutenção do esquema tático. Fernando Lombardi será o líbero da equipe, mais uma vez armada no 3-5-2. O Paraná Clube busca a primeira seqüência de vitórias neste Brasileirão, amanhã – às 16h, em Volta Redonda -, frente ao Fluminense. Na busca por este objetivo, o Tricolor lança pela primeira vez uma dupla de ataque formada por artilheiros natos: Borges e Renaldo.
Três dos sete zagueiros do elenco estão fora deste jogo. Além de Da Silva, o treinador também não conta com os titulares Marcos e Aderaldo, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Na quarta-feira, Lori chegou a testar uma nova estratégia, com três volantes no setor de meio-de-campo, mas no 4-4-2. Num passado recente, o treinador chegou a escalar Rafael Mussamba, Beto e Mário César juntos – contra Palmeiras, Ponte Preta e Brasiliense – só que nem todas as ocasiões o time contava com três zagueiros.
Lori não esconde sua predileção pelo 3-5-2 e isso justifica a sua escolha. Com Lombardi na ?sobra?, Mário César foi sacado. Para a confirmação deste time, o treinador depende de uma avaliação do departamento médico. Lombardi, gripado, teve complicações estomacais durante a noite passada e treinou fora de sua melhor condição física. ?Fui pego de surpresa ao ser escalado. Agora, é tomar esse coquetel de medicamentos que me receitaram para estar cem por cento até o momento da viagem?, disse Lombardi.
Na teoria, a comissão técnica trabalha com um trio de zagueiros e seus substitutos imediatos. Lombardi, que não joga desde a primeira rodada, não concorda com essa política. ?Acho que zagueiro não pode escolher se joga pela direita, esquerda ou na sobra. Procuro me preparar para todas as situações e não desisti de ser titular, não?, comentou o jogador. Frente ao Goiás, Fernando Lombardi foi expulso – o que para muitos foi decisivo para a derrota – e com as contratações de outros jogadores para a posição, acabou relegado ao banco de reservas.
No caso de Lombardi não se recuperar da gripe, a única alternativa seria o recuou de Mussamba para a zaga, com a entrada de Mário César no meio-de-campo. O time provável para o jogo em Volta Redonda é o seguinte: Flávio; Daniel Marques, Fernando Lombardi e João Paulo; Neto, Rafael Mussamba, Beto, Thiago Neves e Vicente; Borges e Renaldo. Hoje pela manhã haverá um trabalho tático (cobranças de faltas e escanteios) e a delegação segue para Volta Redonda no início da tarde.
Mário, de volta pra casa
O volante Mário César ainda vive a expectativa de ser utilizado no jogo, mesmo que na segunda etapa. Disfarça ao dizer que não vê como uma partida ?especial?, mas confirma que ainda está com o Fluminense ?atravessado na garganta?. Resquícios da decisão do estadual, quando seu time, o Volta Redonda, perdeu o título. Mário César, na Cidade do Aço, estará em casa.
Além dos muitos familiares que moram em Volta Redonda, o volante tem ainda a simpatia do torcedor local e uma identificação com a equipe que defendeu nas últimas quatro edições do campeonato carioca. ?Tenho muitos amigos por lá e fico à vontade naquele estádio?, disse Mário César. Não é para menos, desde a reinauguração do Raulino de Oliveira, o volante não perdeu um jogo sequer atuando pelo Volta Redonda. ?Foram 22 jogos sem derrota. Espero manter a escrita?, lembrou.
Para Mário César, o Paraná deve se precaver quanto ao constante apoio dos alas do Fluminense. ?Principalmente o Juan, que é quase um ponteiro?, avisou. ?O Gabriel também avança muito, mas é mais de buscar espaços no meio-de-campo.? O volante espera um adversário bastante ofensivo, tentando ?matar? o jogo o quanto antes. ?Eles jogam assim, sempre em velocidade e tocando a bola do Leandro.? Na co-liderança do Brasileiro, o Fluminense deu sinais de ter absorvido bem a perda do título da Copa do Brasil.
?Eles não vão ficar chorando leite derramado, não. Até porque, mesmo sem a taça, o time saiu aplaudido por sua torcida.?
