Fernando só ficou fora de
um jogo coxa nesta temporada.

No gol do Coritiba na partida de amanhã, às 16h, contra o São Caetano, estará o “homem de ferro” do Alto da Glória. Fernando participou de 54 partidas da equipe em 2004, ficando fora apenas de uma – e, em campeonatos brasileiros, ele parte para o seu 65.º jogo consecutivo, sendo o jogador que mais atuou pelo Coxa nos últimos três anos. Contra o Grêmio, na terça, o goleiro completa cem partidas em Brasileiros.

São números que impressionam. No clube desde janeiro de 2002, Fernando assumiu a condição de titular ainda nos primeiros meses daquele ano, tomando conta da posição. Ele só saiu da equipe por contusão ou para evitar que elas viessem. Foi o que aconteceu no Paranaense, quando Douglas foi escalado contra o Malutrom. “Eu estava com dores no joelho e acabei poupado”, lembra o goleiro.

Daquele dia (14 de fevereiro) em diante, Fernando não deixou de treinar e jogar. Com 54 partidas, ele é o jogador com mais partidas na temporada, seguido de perto por Luís Carlos Capixaba, que entrou em campo 51 vezes. “Existe um segredo para isso: treino, treino e mais treino. E, para completar, o Fernando se cuida muito, dentro e fora de campo”, elogia o preparador de goleiros Sebastião Koslowski, o Pardal.

Em campeonatos brasileiros, Fernando começa a perseguir Jairo, que é o atleta com mais partidas na história do Coxa. O goleiro multicampeão na década de 70 e que estava no elenco que conquistou o título nacional em 1985 jogou 152 partidas com a camisa coxa. Na terça, Fernando chega à centena. “É uma marca importante, ainda mais consecutivamente”, comenta ele. Outro que pode ficar “pelo caminho” é Reginaldo Nascimento, que passou dos 130 jogos com a camisa coxa em Brasileiros.

De 2002 para cá, a regularidade de Fernando é clara. Ele só ficou fora (e porque passou por uma artroscopia) de quatro dos 102 jogos que o Cori disputou nas competições nacionais. Nestes 98 jogos, o goleiro coxa sofreu 118 gols – a média de gols sofridos é de 1,2 por partida. O melhor rendimento até agora é o de 2004, com a média de um gol sofrido por jogo.

Fernando é um dos líderes do elenco, e fica até animado com a possibilidade de ser um dos comandantes do jovem time que vai enfrentar o São Caetano. “Nós temos muitos garotos de qualidade e que não sentem a responsabilidade. Até porque quem não consegue se segurar agora não vai fazer isso aos quarenta anos”, comenta ele, que segundo seu preparador de goleiros vai atuar por longo tempo. “Da forma que ele encara o futebol, vai continuar jogando até os quarenta anos, e sempre em altíssimo nível”, finaliza Pardal.

Tuta liberado para a partida de amanhã

“Cheguei a ficar sem dormir”. O centroavante Tuta disse essa frase com um sorriso no rosto, por mais incrível que possa parecer. Era o alívio de se ver livre das dores no joelho, e a alegria de voltar a treinar e ser confirmado por Antônio Lopes para enfrentar o São Caetano amanhã. Após um treino “excepcional”, nas palavras do Delegado, Tuta foi escalado.

“Eu estava preocupado, e na noite seguinte à partida contra o Palmeiras eu fiquei sem dormir. Às seis da manhã saí da cama para fazer tratamento”, contou o centroavante. A iniciativa dele foi decisiva para a recuperação. “Eu fiquei me tratando até quando não podia”, revelou. Assim, a torção que afetara o ligamento colateral medial do joelho direito acabou vencida.

E Tuta também venceu as previsões dos médicos, que imaginavam tratar do centroavante em dez dias, para um retorno em duas semanas. “É que eu estava com muita vontade de jogar”, explicou.

Time

Com Tuta – mas sem Reginaldo Vital, vetado pelos médicos -, o Coxa está pronto para enfrentar o São Caetano. Após o treino de ontem, Antônio Lopes confirmou as alterações na equipe: Vágner na vaga do suspenso Flávio, Jucemar de volta à lateral-direita, Ricardo no lugar de Cléber e Alemão, recuperado, substituindo Aristizábal.

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