Se o mundo parar hoje às 11h de Brasília, na hora da largada da última etapa do Mundial de F-1, Fernando Alonso é o campeão. O espanhol conseguiu o terceiro lugar no grid do GP de Abu Dhabi, posição que lhe dará o título se a corrida terminar como vai começar. Porque seu maior adversário, Mark Webber, da Red Bull, larga apenas em quinto.

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Pela décima vez no ano, a pole ficou com o outro piloto da Red Bull, Sebastian Vettel, que também tem boas chances de ser campeão, mas precisa torcer por um mau resultado de Alonso (veja abaixo o que cada um precisa para ser campeão).

Seu companheiro Webber, de certa forma, ele despachou com a pole de ontem, embora esteja atrás na classificação: 231 pontos, contra 238 do australiano; Alonso tem 246. Nunca é demais lembrar que neste ano os dez primeiros pontuam. A vitória dá 25 pontos, e na sequência os pilotos marcam 18, 15, 12 e 10, até o quinto colocado. Daí para trás é difícil imaginar que cheguem os protagonistas da corrida hoje em Abu Dhabi. Vai ser um tal de fazer contas volta a volta, até o final de um GP que começará às 17h locais, ainda com luz natural, e terminará iluminado pelos potentes refletores espalhados pelos 5.554 m do circuito de Yas Marina.

A chance de uma corrida aborrecida é grande, pelas características do circuito árabe. O cenário é lindo, mas a pista é uma droga. A prova do ano passado foi um porre. Ninguém passa ninguém. Em todo caso, como vale taça, é possível que algo de interessante aconteça ao menos nas primeiras voltas. Webber vai partir com tudo, porque se empacar atrás de Button e Alonso, dança de vez. Alonso vai se preservar, sabendo que já começa a prova numa posição que lhe dá o título. Hamilton pode fazer o que bem entender, já que precisa de um milagre para ser campeão. E Vettel precisa dosar arrojo com cautela, se não quiser jogar tudo pela janela.

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O que acabou representando um alívio para a Red Bull foi a distância entre Sebastian e Mark no grid. Por conta dela, dificilmente o australiano estará imediatamente atrás do alemão na corrida, o que poderia forçar a equipe a dar algum tipo de ordem para evitar o título de Alonso. Do jeito que ficaram as posições de largada, é cada um por si. Como Vettel vem dizendo desde o GP do Brasil, domingo passado, é bem provável que só na última volta alguém tome alguma decisão no que diz respeito ao título. “Eu vou correr para ganhar”, disse o alemão. “Mas no fim da prova a gente vai saber o que é melhor para a equipe”.

“Melhor impossível”, comemora alemão

Assim que saiu do cockpit, depois de conquistar a décima pole na temporada, Sebastian Vettel fez um carinho no pneu dianteiro esquerdo de seu carro. O alemão agradeceu à máquina que lhe colocou na frente no grid mais importante da temporada. Afinal, é a prova que decide o Mundial. “Não poderia ter sido melhor”, falou Vettel, sem mencionar a posição de seu companheiro Webber, apenas quinto no grid. “As condições são traiçoeiras quando se começa um treino com sol e termina à luz da lua. A temperatura do asfalto muda, é bem complicado. E não tínhamos começado bem nos treinos. De ontem para hoje achamos alguma coisinha no acerto que melhorou o carro”, explicou o alemão.

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