Muitos jogadores se destacam em jogos de pouca importância. O grande barato é brilhar naquelas partidas que amplificam sua atuação. Um clássico, nesse sentido, é o cenário ideal e Fellype Gabriel aproveitou muito bem a primeira oportunidade que teve com a camisa do Botafogo em um confronto com um rival. O meia-atacante marcou três gols, unindo categoria e oportunismo, e conduziu o Botafogo a uma contundente vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, neste domingo à noite, pela quarta rodada da Taça Rio.
Foi também a primeira aparição de Gabriel no Engenhão, tendo ele sido contratado no decorrer da temporada e podido estrear apenas no segundo turno do estadual. “Tive uma noite feliz graças a meus companheiros. Trabalhei muito durante a semana enquanto estive fora e fui abençoado com três gols. Mas o mais importante foi a vitória”, comentou o herói da noite, que voltava de 10 dias de afastamento por uma pancada na cabeça.
Com 10 pontos, o Botafogo está em segundo lugar no Grupo A, atrás do Macaé, com 12. O Vasco, apesar de apenas sete pontos, é o líder da Grupo B, muito mais fraco do que a outra chave.
O JOGO – Os dois times contavam com outros retornos importantes. Pelo lado botafoguense, o meia Andrezinho e o volante Marcelo Mattos. Loco Abreu foi desfalque novamente, mas pouca falta fez. No Vasco, Rômulo, Allan e Eder Luís reapareciam no time titular, mas o técnico Cristóvão Borges poupou Alecsandro, Dedé, Felipe, Eduardo Costa e deixou William Barbio no banco, em virtude do jogo de quarta-feira contra o Libertad, em São Januário, pela Libertadores.
Os botafoguenses se aproveitaram das ausências, principalmente de Dedé. Elkeson foi à linha de fundo e cruzou rasante, Juninho Pernambucano falhou no corte e a bola sobrou para Fellype Gabriel pegar de primeira e acertar o ângulo esquerdo de Fernando Prass, aos 34. Quatro minutos depois, Elkeson pressionou o zagueiro Rodolfo e a bola espirrou para Gabriel novamente tocar com categoria por sobre Prass.
Pouco depois, o destaque da partida sofreu uma nova pancada na cabeça, assustando os companheiros. Mas ele voltou para a segunda etapa. “Recebi uma pancada na nuca, mas estou me sentindo bem. Vamos ver se aguento até o fim”, disse Gabriel ao sair do gramado para o intervalo.
O jogo esquentou quando Fellipe Bastos acertou um petardo de rara precisão no ângulo direito de Jefferson, em cobrança de falta de média distância, logo a três minutos. Como resultado, o Botafogo acusou o golpe, recuou e cedeu campo aos rivais.
Na base do contra-ataque, o time de Oswaldo de Oliveira tentava ampliar. Mas foi de um inofensivo lateral que surgiu o terceiro gol. Elkeson cobrou com rapidez, Jobson dividiu com a zaga e a bola sobrou para Fellype Gabriel, livre, anotar seu terceiro tento.
O jogo poderia ter mudado de rumo quando o árbitro inventou um pênalti de Márcio Azevedo em Fagner. Mas Juninho não estava em noite feliz e cobrou mal, para defesa de Jefferson, selando o resultado final.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 3 X 1 VASCO
BOTAFOGO – Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Renato, Elkeson (Caio) e Andrezinho; Fellype Gabriel (Lucas Zen) e Herrera (Jobson). Técnico – Oswaldo de Oliveira.
VASCO – Fernando Prass; Fagner, Douglas, Rodolfo e Dieyson; Fellipe Bastos, Fellipe Bastos, Rômulo, Allan (William Barbio) e Juninho Pernambucano; Eder Luís e Diego Souza. Técnico – Cristóvão Borges.
GOLS – Fellype Gabriel, aos 34 e aos 38 minutos do primeiro tempo; Fellipe Bastos, aos 3, e Fellype Gabriel, aos 27 minutos do segund tempo.
ÁRBITRO – João Batista de Arruda.
CARTÕES AMARELOS – Antônio Carlos, Márcio Azevedo, Marcelo Mattos. Rodolfo, Dieyson, Allan, Diego Souza.
RENDA – R$ 231.345,00
PÚBLICO – 8.190 pagantes (11.941 presentes).
LOCAL – Estádio João Havelange (Engenhão), no Rio.
