O técnico Jair Ventura falou nesta terça-feira pela primeira vez após a diretoria do Santos garantir sua permanência no comando da equipe para a sequência desta temporada. E aproveitou a entrevista coletiva para cobrar reforços para o segundo semestre. “Vamos voltar mais fortes, com reforços. Ainda não chegaram, mas estamos trabalhando. Só estão saindo (jogadores), está na hora de chegar”, afirmou o treinador.
A única contratação, por enquanto, é de Ricardo Gomes como executivo de futebol, que ficará responsável juntamente por trazer jogadores ao elenco santista. Enquanto não vê caras novas, Jair festejou a recuperação dos atletas lesionados. A principal delas do atacante Bruno Henrique. “Voltou e nos deu sobrevida, jogador diferenciado”, avaliou o comandante.
Também esvaziaram o departamento médico e estão à disposição do técnico o meia-atacante Sacha e o meia Jean Mota. Já o atacante Arthur Gomes está em fase final de tratamento de uma lesão.
“Nosso segundo semestre vai ser melhor, tem jogos mais decisivos. Passamos por uma troca quase que total do elenco. Chegou um momento que jogamos com dois jogadores titulares do ano passado”, disse o treinador. “Isso nos dá opção, outro leque para mexer no sistema tático, opção de mudanças.”
Jair evitou falar em nomes de possíveis reforços. Destacou que Ricardo Gomes “vai ajudar um pouquinho nisso também”. O jogador mais próximo de chegar é Carlos Sánchez, do Monterrey, do México, que defende a seleção uruguaia na Copa do Mundo. Resta apenas o acerto salarial com o atleta para o negócio ser concretizado.
Pior do que não qualificar o grupo é perder peças importantes. Casos do zagueiro Lucas Veríssimo, que já deixou claro o desejo de jogar no exterior e está sendo negociado com Torino (Itália) e Lyon (França), e do volante Léo Cittadini, que ainda não renovou contrato e pode sair. “Lucas é um bom zagueiro, vai fazer falta. Cittadini segue jogador do Santos até segunda ordem”, comentou o treinador. “Mas estamos vendo vários clubes perdendo jogadores importantes”, minimizou em seguida.
O comandante santista comentou sobre a situação do time no Campeonato Brasileiro, em que está na incômoda 15ª posição, com 13 pontos, um a mais do que a primeira equipe da zona do rebaixamento. “O lugar do Santos não é lá embaixo. Vamos brigar lá em cima.”
Sobre as reuniões da diretoria, durante o período de 11 dias de férias, que definiram seu futuro, Jair Ventura usou do bom humor para comemorar sua permanência. “Acompanhei tudo pela imprensa. Entre Santos e treinador não houve conversa nenhuma. Saí treinador do Santos e voltei treinador do Santos da mesma maneira (…) Aí teve a tal reunião (entre a diretoria). Será que agora estou? O telefone não tocou (risos). E estou aqui. Sou treinador do Santos feliz, porque não é pela questão de emprego. Sabemos que treinador não tem vida longa. Vou sair do Santos daqui há um tempo. O Santos me abraçou, o staff, o grupo de trabalho muito bom, jogadores falando bem do trabalho… É isso que a gente leva para a vida”, enfatizou.