A convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo da Rússia, anunciada na segunda-feira, deixou o goleiro Cássio, do Corinthians, extremamente realizado. O jogador disse nesta terça-feira, em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, que realizou um sonho ao ser chamado pelo técnico Tite e não se incomoda em ser o terceiro goleiro, já que o titular deve ser Alisson, com Ederson sendo o reserva imediato. “Posso ser na Copa o terceiro goleiro também, assim como na seguinte. Se continuar assim, não ligo. Vou lá fazer o meu melhor”, disse.
Cássio se apresenta à seleção na segunda-feira, em Teresópolis, e durante a preparação para a Copa da Rússia, em 6 de junho, vai comemorar o aniversário de 31 anos. A presença na lista foi celebrada em jantar com familiares e amigos mais íntimos.
Para o jogador do Corinthians, o papel de reserva na Copa é motivo de orgulho, por significar um prêmio por anos de dedicação. “Fico honrado e muito feliz. Vou lá para ajudar no que foi preciso. O Alisson tem total merecimento por ser titular, porque fez uma excelente Eliminatórias e uma grande campanha pelo clube”, disse. “No grupo da seleção todo mundo se sente à vontade e participativo no grupo’, comentou.
Cássio tem a confiança de Tite desde os tempos de Corinthians. Contratado pelo clube em 2012, o jogador chegou como reserva e ganhou a posição durante a campanha do título da Copa Libertadores. Foi o treinador quem lhe deu a primeira oportunidade de atuar pela seleção, ao entrar em campo no segundo tempo do amistoso com o Japão, realizado na França, em novembro do ano passado.
Apesar de ter atuado por pouco tempo, Cássio tem convocações seguidas pela seleção e convivência com o preparador de goleiros, Taffarel, de quem ouviu recomendações para melhorar no jogo com os pés. “Na seleção eu fiquei impressionado com a qualidade do Ederson com os pés. Mas ele tem isso desde a base. Não tem como em um ano eu ser o Cássio e no outro ser o Neuer ou o Ederson. Tenho muito a evoluir”, afirmou.
O goleiro disse que a convocação para a Copa é um presente pela superação que precisou ter em 2016, quando virou reserva. “Faz parte do atleta cair e reagir. Eu perdi minha posição, coloquei a cabela no lugar, procurei onde tinha que evoluir. Essa vaga na Copa para mim é uma honra”, comentou o corintiano.