O primeiro dia da natação foi marcado por três quebras de recordes mundiais no Estádio Aquático, no Parque Olímpico. O mais expressivo deles foi da húngara Katinka Hosszu, que brilhou nos 400 metros medley. Os outros foram conquistados pelo britânico Adam Peaty, nos 100 metros peito e pela equipe feminina da Austrália no revezamento 4×100 metros livre.
Katinka marcou 4min26s36 e derrubou em mais de dois segundo o antigo recorde da chinesa Ye Shiwen, que foi conquistado nos Jogos de Londres-2012. Já a equipe australiana formada por Emma McKeon, Brittany Elmslie, Bronte Campbell e Cate Campbell fez 3min30s65, derrubando a marca do próprio país conquistada em 2014. Nesta prova, a norte-americana Katie Ledecky ganhou sua primeira medalha no Rio, uma prata. Ela é favorita ao ouro em três provas: 200m, 400m e 800m livre.
Peaty, por sua vez, fez 57s55 nas eliminatórias da tarde, quebrando sua própria marca que era de 57s92. O atleta ficou chocado com uma marca tão expressiva logo na eliminatória. “Quando entrei na arena, sabia que era pegar ou largar, e eu decidi ir para cima. Você pode ser tímido diante da torcida ou tirar vantagem disso”, explicou.
Ele espera quebrar novamente essa marca na final e parece ter fôlego para isso. “Quero diminuir ainda mais. Estou me sentindo bem e acho que estou apto a nada mais rápido”, comentou o britânico, que acha que pode servir de inspiração para as crianças. “Não importa de qual país você é, o importante é inspirar os jovens.”
Aos 21 anos, ele é o atual campeão mundial na prova, e festeja o sucesso logo em sua primeira participação nos Jogos. “Acho que ninguém consegue descrever o que é estar numa Olimpíada. É absolutamente fantástico competir contra os melhores do mundo”, explicou.
BRASIL – Nos 100 metros peito, Felipe França e João Gomes Júnior também avançaram para a final com o sexto e sétimo melhor tempo, respectivamente. Felipe marcou 59s35 enquanto João nadou a distância em 59s40. Peaty está sobrando na prova, mas os brasileiros sabem que podem sonhar com o pódio se nadarem um pouco melhor que nas semifinais.
Antes das provas, a todo momento o locutor da arena pedia aos torcedores silêncio para que os atletas pudessem largar. João Gomes afirmou que o barulho atrapalhou um pouco. “Por um lado essa festa da torcida ajuda, porque nadamos no nosso País, mas é preciso ter um pouco de calma no momento da largada, quando precisamos do silêncio. Agora vamos manter a tranquilidade que na final tudo vai dar certo”, disse.
Nas provas da tarde, o clima quente dentro do Estádio Aquático também incomodou, principalmente os atletas estrangeiros. A arena tem apenas ventilação natural e o calor carioca fez muito nadador sofrer.
Confira a nossa página sobre os Jogos Olímpicos!