O meia Felipe Anderson está aproveitando a ausência de Renato Augusto – a apresentação está marcada para a próxima quarta-feira, mas ele só deve se integrar de fato à seleção olímpica na quinta – para cavar um lugar na equipe titular que vai disputar os Jogos do Rio. Tem se dedicado bastante nos treinamentos e conta com um bom trunfo: o técnico Rogério Micale o conhece bem, dos amistosos que disputou pela equipe. Confia, também, na versatilidade.

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O jogador da Lazio diz não ter dificuldade para exercer várias funções, embora se sinta melhor atuando pelo meio. “Na Itália eu sempre jogava aberto pela direita. Na seleção, joguei toda a preparação na frente, na linha de quatro. Agora estou no meio, onde me sinto melhor”, disse Felipe Anderson, em entrevista neste sábado. “Mas me coloquei à disposição para jogar em qualquer posição, o importante é ajudar o grupo”.

Ele é um dos entusiastas das ideias de Rogério Micale e também a forma como o treinador transmite o que quer. “Um dos métodos dele que me chama atenção é a conversa. A gente se apresenta, tem 10 dias juntos, três ou dois jogos, são poucos dias. Com a conversa, passar o máximo de coisa na teoria para sabermos o que fazer na prática é muito importante”, avaliou o meia.

A proposta de Rogério Micale de pressionar bastante o adversário em seu campo de defesa e de posicionar seu próprio time de maneira bastante agressiva é, para Felipe Anderson, uma mostra que o treinador está em perfeita sintonia com o futebol atual. “Está cada vez mais difícil de jogar, essa questão de linha alta é mais europeia. Há três anos, quando fui para a Europa, eu não estava acostumado a perder a bola e agredir, fazer pressão lá em cima”, admitiu. “A questão do Brasil é a ousadia dos meninos da frente. Ele (Micale) quer que vá para cima. Essa mistura é mais dele mesmo”.

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