Luiz Felipe Scolari admitiu que substituiu Neymar no segundo tempo da partida com a Itália, neste sábado, para evitar uma possível expulsão do atacante, que já tinha cartão amarelo. O treinador, porém, era só elogios ao atacante ao fim da vitória no clássico internacional por 4 a 2, em Salvador.
“Ele cometeu uma ou outra falta. Mas, como é franzino e não tem posicionamento para parar uma jogada, vai meio descoordenado para o lance e acaba fazendo falta. São faltas normais, de jogo”, minimizou o treinador. “Quando saiu, foi porque já tinha feito outra falta no meio-campo e nunca sabemos o que o juiz vai pensar na próxima”, afirmou, ao admitir o medo de uma eventual expulsão do craque.
Apesar da preocupação, Felipão evitou críticas ao árbitro usbeque Ravshan Irmatov. “Ele apitou algumas faltas que poderiam ser interpretadas de uma forma um pouco diferentes. Mas, no cômputo geral, foi muito bem”, disse o treinador, que se esquivou ao se perguntado sobre o segundo gol da Itália. No lance, o juiz chegou a apontar a marca do pênalti, por falta em Balotelli dentro da área, mas recuou e deu vantagem ao ver os italianos completando a jogada nas redes.
Felipão preferiu dar maior atenção ao desempenho de Neymar, autor de um belo gol de falta. Na avaliação do treinador, o atacante voltou a surpreender por revelar a habilidade de se livrar da forte marcação italiana. “Ele foi muito bem contra uma marcação europeia. Soube se desvencilhar nas jogadas em que teve muitos marcadores no meio. Para o Neymar, isso é muito bom porque ele vai vivendo situações nas quais era cobrado. O Barcelona está observando o Neymar aqui e eles devem estar radiantes.”
O atacante atribuiu a performance à movimentação dos jogadores do meio e do ataque. “As movimentações da equipe são muito importantes. A gente vem fazendo isso muito bem, com variações, trocamos de posições. É o que vai deixando o adversário meio maluco. Acaba dificultando para eles”, afirmou o atacante, eleito o melhor da partida.