Luiz Felipe Scolari voltou neste domingo a Stamford Bridge, estádio que frequentou durante sete meses entre 2008 e 2009 como técnico do Chelsea, mas não fez história. Acabou derrubado por um complô de vários jogadores, entre eles Ballack e Drogba, mas, nesse retorno, não mostrou nenhum rancor. Agradeceu pela oportunidade que teve e disse só não estar gostando de uma coisa: do frio. “Não estava mais acostumado.”
O treinador, inclusive, sabe que os jogadores da seleção vão sofrer nesta segunda com a baixa temperatura. “É ruim demais jogar com frio”, disse, arregalando os olhos na quentinha sala de imprensa do Chelsea ao recordar o que passou um pouco antes, durante o treino da equipe no Stamford Bridge. “Dói os dois pés. Os dedos estão duros. Mas temos de tentar jogar e vou exigir isso dos meus jogadores.”
Ele não leva em consideração o fato de o Brasil estar no 18.º lugar no ranking da Fifa e a Rússia em 10.º. Mas entende que o jogo desta segunda será bom teste pela qualidade do adversário, atualmente treinado pelo italiano Fábio Capello. “É uma Rússia nova, tem jogadores de muito boa qualidade e vem bem nas Eliminatórias. É um jogo bom porque mostra uma porção de coisas que nós queremos melhorar”, analisou.
A partida contra a Rússia pode não ser a última da seleção com jogadores que atuam fora do Brasil antes da Copa das Confederações. Felipão confirmou que Carlos Alberto Parreira, coordenador da seleção, está negociando a liberação de um ou dois atletas de equipes europeias para a partida contra o Chile, em abril – não revelou quais. “O normal é que não sejam liberados, mas vamos tentar.”
Ele não acha que perderá tempo testando jogadores de clubes do País nos jogos com Bolívia, dia 6 de abril, e Chile. “Em 2001, tiramos o Anderson Polga, o Kleberson e o Gilberto Silva de jogos assim”, lembrou.