Desde 1974 o Brasil não perdia duas partidas em um Mundial. Em todos os 100 anos de história, a seleção nunca havia levado uma goleada como a de 7 a 1 diante da Alemanha. A zaga é a pior das Copas. Mas o torcedor brasileiro pode ficar tranquilo, afinal este grupo foi campeão da Copa das Confederações. O discurso, polêmico, foi utilizado pelo técnico Luiz Felipe Scolari na despedida do Brasil da Copa, após derrota por 3 a 0 para a Holanda, na decisão do terceiro lugar.
Perguntado na entrevista coletiva pós-jogo se precisava se reciclar, Felipão fez pouco caso. “Eu? Há um ano eu ganhei a Copa das Confederações. Quando tu ganha, eles (europeus) teriam que vir ao Brasil se reciclar? Em determinado momento uma equipe acaba sendo superior. Em um ano e meio ganhamos a Copa das Confederações e ficamos entre as quatro melhores do mundo”, defendeu-se o treinador.
Felipão voltaria a usar a Copa das Confederações como argumento para defender o time que levou o Brasil à sua pior atuação em uma Copa do Mundo, exatamente em casa. “Essa geração tem nada que ficar marcada (pelo vexame). Vai ficar marcada porque venceu a Copa das Confederações, mas perdeu o Mundial. Vai ficar marcada como a geração que começou uma etapa para 2018 com uma classificação entre os quatro”, reforçou.
O treinador sequer reconheceu que o Brasil fez uma Copa do Mundo decepcionante. “Os objetivos foram atingidos à medida que fomos passando de fase. Não tivemos grande atuação. Tivemos momentos muito bons durante as partidas e conseguimos os objetivos. Os seis minutos aconteceram”, disse, citando mais uma vez aquilo que o treinador entende ter sido uma “pane” de seis minutos, nos quais a Alemanha fez quatro gols.
Na análise de Felipão, o que deve ser levado da Copa do Mundo é a posição final: o quarto lugar. “Tenho que ver o lado positivo. Em 2006 não chegamos entre os quatro, em 2010 não chegamos entre os quatro, em 2014 chegamos entre os quatro.”