A boa atuação do goleiro corintiano Julio César não apagou a principal deficiência do Palmeiras: a falta de um atacante matador. Desde o começo do ano, Felipão reclama da falta deste definidor. No clássico, o time alviverde perdeu pelo menos três boas chances de marcar, que talvez pudessem ter sido melhor aproveitadas por um centroavante de ofício.

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Ninguém na Academia de Futebol tira os créditos do goleiro Júlio César, um dos responsáveis pela vitória do Corinthians. Felipão, contudo, condenou as finalizações erradas de seus atacantes. “Faltou o arremate certo. Talvez chutar um pouco mais de lado, usar o peito, a barriga…”, lamentou o treinador, criticando o preciosismo dos atletas na hora de marcar.

Ele referia-se a um lance que aconteceu aos 27 minutos do segundo tempo, quando Adriano partiu pela direita, entrou na área e cruzou à meia altura. Kléber tentou concluir com a perna direita, mas não chegou na bola. “Se tivéssemos um finalizador desses que eu quero, pelo menos um dos cinco gols que perdemos, tínhamos feito. A gente reclama, trabalha todo dia e não pode só ficar esperando”, esbravejou Felipão, dando um recado tanto para seus homens de frente quanto para os novos dirigentes.

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Quem vem exercendo a função de goleador é o próprio Kléber. O problema é que embora seja o artilheiro do time na temporada, com quatro gols, o atacante apenas quebra o galho como centroavante de área. Sua posição é segundo atacante e a adaptação ainda está longe do ideal.

Se não for Kléber, Felipão tem de escalar Luan, Dinei, Adriano ou apelar para o jovem Vinícius. Nenhum deles tem como característica atuar enfiado entre os marcadores. E Felipão, historicamente, gosta de ter um atleta com este estilo no time.

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DE OLHO NO MERCADO – Está difícil achar alguém. Os nomes que interessam são caros como Viatri, do Boca Juniors, e Marcelo Moreno, do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. E os que se enquadram nos valores propostos pela diretoria, não agradam ao chefão. Alecsandro, do Internacional, foi oferecido, mas a negociação não foi adiante porque o clube gaúcho não se interessou pela oferta do Palmeiras, que não queria mexer no bolso e se comprometeu a apenas oferecer jogadores em troca.

A Traffic também está procurando este tão desejado atacante, mas o mercado não apresenta muitas opções. A empresa quer contratar alguém que tenha talento, mas que seja jovem, para poder vendê-lo no futuro. “Conversamos com a Traffic, mas ainda estamos analisando. O mais importante é que fizemos uma reaproximação e isso será importante. Só não podemos contratar alguém que a gente não vai conseguir pagar depois”, disse Roberto Frizzo, vice de futebol do clube.