Depois de convocar a seleção brasileira para os amistosos contra Coreia do Sul e Zâmbia, nesta quinta-feira, no Rio, o técnico Luiz Felipe Scolari não apenas valorizou os próximos rivais do time nacional, mas também assegurou, em entrevista coletiva, que o Brasil vai chegar à Copa do Mundo de 2014, em junho, com o mesmo ritmo de competição dos adversários que disputaram as Eliminatórias.
Por abrigar o Mundial e ter vaga garantida por antecipação, a seleção fará apenas amistosos até a Copa, mas Felipão enfatizou nesta quinta que o qualificatório para o Mundial será encerrado já neste ano, fato que colocará os brasileiros em igualdade de condições de preparação com as principais seleções do mundo, em sua opinião, em 2014.
“Quando chegar final de novembro, dezembro, ninguém mais joga. Todas as seleções que vão ou não para Copa só vão jogar de novo em 5 de março (uma data da Fifa já reservada para amistosos) e ninguém vai ter mais o mesmo ritmo competitivo de antes”, aposta o comandante.
Scolari falou sobre o assunto na mesma coletiva em que Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico da seleção, confirmou que o Brasil se apresentará aos treinos para Copa no dia 26 de maio, dois dias antes do inicialmente previsto, depois de a comissão da seleção consultar a Fifa e ter a garantia da entidade de que poderá contar com os jogadores já a partir desta data.
“O nosso ritmo de competição vai depender do nosso trabalho de preparação para o Mundial com aqueles cerca de 20 dias que nós vamos ter”, disse o técnico, lembrando que o Brasil terá apenas de repetir a estratégia adotada na preparação para a Copa das Confederações, quando precisou “forçar o ritmo” para chegar forte fisicamente como chegou ao torneio conquistado pela seleção, em junho passado.
Na verdade, o que mais preocupa Felipão neste estágio final de preparação para a Copa são as lesões que ameaçam os jogadores. Agora, por exemplo, ele perdeu o goleiro Julio Cesar, com fratura em um dedo da mão, e o zagueiro Thiago Silva, com lesão muscular, para os amistosos diante de Coreia do Sul e Zâmbia. “Todo jogo a gente fica com o coração na mão. Sempre é uma situação de desconforto pra gente quando a gente vê um dos nossos em uma situação de dificuldade”, destacou o técnico.
E, ao projetar os dois próximos amistosos do Brasil, o treinador fez questão de valorizar o peso dos adversários, embora ambos estejam longe de figurar no primeiro escalão do futebol mundial. “Nós enfrentaremos uma seleção que já está classificada para Copa, que é a Coreia, e vamos enfrentar Zâmbia, que jogava classificação com Gana e, se vencesse Gana, poderia ir ao Mundial. São estilos diferentes, vamos observar estes dois jogos para observar essas características e vermos como iremos nos comportar”, sublinhou. Os brasileiros pegarão os sul-coreanos no dia 12 de outubro, em Seul, três dias antes de enfrentar os zambianos, em Pequim.