Numa forma de diminuir a pressão sobre seu time, o técnico Luiz Felipe Scolari minimizou a importância do clássico contra o Corinthians, domingo, no Pacaembu. “Não muda nada jogar e ganhar do Corinthians, do Asa ou do Ceará. Preciso dos três pontos de qualquer forma, não importa em cima de quem quer que seja”, afirmou o treinador do Palmeiras, ressaltando, porém, a importância da vitória para melhorar a classificação no Brasileirão – está em 10º lugar, com 14 pontos.
Felipão também tratou de deixar no passado os históricos duelos entre Palmeiras e Corinthians em duas edições seguidas da Libertadores, em 1999 e 2000, quando ele era o comandante palmeirense e levou a melhor sobre o rival. “Nem me lembro mais quem jogou ou não aqueles jogos. Teria dificuldades para escalar o Palmeiras ou o Corinthians”, disse o treinador, que voltou recentemente ao clube onde fez enorme sucesso no final da década de 90.
No domingo, Felipão terá pela frente um treinador que foi seu jogador durante os tempos de Grêmio – o ex-zagueiro Adílson Batista é o novo comandante do Corinthians. E fez questão de elogiar o adversário. “O Adílson era excelente jogador, muito melhor do que eu. Sabia marcar, sabia bater também (risos). Gostava muito de trabalhar com ele”, afirmou.
Mas Felipão também reclamou da falta de tempo para trabalhar com os jogadores para acertar o time antes do clássico. “Nem Adílson e nem eu fazemos milagre. Tive só 15 dias para trabalhar com o grupo e só o David Copperfield conseguiria acertar o time neste tempo”, comparou o treinador. “É claro que tive 10 dias a mais que ele (assumiu o comando corintiano na última terça-feira), mas o Corinthians está melhor na tabela. Por isso, o jogo será equilibrado.”