Pouco depois de o Brasil fazer 3 a 0 sobre a Espanha, na final da Copa das Confederações, em junho, Luiz Felipe Scolari afirmou que a seleção brasileira ainda não estava no mesmo nível de equipes como Alemanha e Espanha. Nesta sexta-feira, quatro meses e meio depois, Felipão já pensa diferente.
“Já podemos colocar o Brasil no mesmo nível dessas outras seleções. Já temos uma forma de jogar, um estilo de jogo, e a definição de 18, 20 nomes que compõem o grupo. Temos as mesmas condições de outras seleções”, avaliou Felipão, em entrevista coletiva, na véspera da partida amistosa contra Honduras, programada para às 22h30 (de Brasília) deste sábado, em Miami (Estados Unidos).
De junho para cá, o Brasil entrou em campo cinco vezes. Perdeu para a Suíça, mas venceu as outras quatro partidas. Atuou bem diante de Austrália (6 a 0) e Portugal (3 a 1) e cumpriu seu papel contra Coreia do Sul e Zâmbia (2 a 0 em ambas as partidas).
Nesse meio tempo, Felipão fez testes e se deu bem. Encontrou em Maicon um reserva de confiança para Daniel Alves (Jean, improvisado, fazia esse papel na Copa das Confederações) e Maxwell como boa opção para Marcelo na esquerda. No meio-campo, aprovou a chance dada a Ramires. Agora testa Lucas Leiva, Willian e Robinho, além do jovem zagueiro Marquinhos.
Mas a chave do sucesso da equipe continua sendo Neymar, que evoluiu depois de se transferir para o futebol europeu. “Lá já começam a reconhecer que é um dos melhores do mundo. Quando a gente falava isso no Brasil, diziam que a gente era piegas, isso e aquilo. Lá, o Neymar tem atuado com jogadores de qualidade técnica diferente dos nossos e isso o ajuda a aprender, evoluir”, apontou o treinador.