O técnico Luiz Felipe Scolari afirmou nesta quarta-feira que ficou extremamente satisfeito com o fato de ter conseguido realizar uma temporada vitoriosa sob o comando da seleção brasileira. Neste ano, além de conquistar o título da Copa das Confederações, o treinador conseguiu devolver a confiança ao time nacional e aos torcedores do País, assim como formou um time com uma base definida e um bom padrão tático.
Tudo isso fez Felipão exaltar o ano da seleção, lembrando que o principal, independentemente dos bons resultados alcançados, foi ter montado uma equipe realmente competitiva e temida no cenário mundial. “O balanço principal é que nós conseguimos ter um sistema tático altamente definido, nós conseguimos formar um bom grupo, formar uma equipe, ter uma equipe independentemente de A ou B quando jogam, ter os resultados que eram interessantes a partir de um determinado momento, quando nós conseguimos organizar na nossa equipe tudo aquilo que a gente planejou ano passado”, disse o comandante, se referindo ao final de 2012, quando substituiu Mano Menezes, demitido pela CBF.
Felipão também voltou a exibir confiança nesta quarta ao projetar o próximo ano, quando o Brasil buscará o hexacampeonato mundial jogando em casa. “Acho que o balanço foi bom, e agora é continuar trabalhando neste mesmo projeto para o ano de 2014, chegando na Copa do Mundo. Nossas condições são excelentes”, reconheceu.
Scolari falou sobre a seleção durante entrevista coletiva concedida na Footecon, um fórum sobre futebol realizado no Rio, onde também não escapou de responder a perguntas sobre o Campeonato Brasileiro. Ao ser questionado sobre o fato de Vasco e Fluminense terem sido rebaixados dentro de campo, o técnico admitiu que não se surpreendeu com isso.
“Atribuo (a queda dos dois times) ao Campeonato Brasileiro estar equilibrado. Não tem mais uma equipe que é tão superior à outra e que possa desde o início dizer: ‘Esta equipe não cai’. Todos os 20 clubes que disputam o Campeonato Brasileiro, por um uma outra razão, têm condições de não estar naquela oportunidade nas melhores condições e ofereceram as chances aos seus torcedores de descerem (para Série B)”, analisou. “Não existe hoje uma diferença dos hoje chamados grandes clubes daqueles que sobem, ou daqueles clubes que têm um ranking razoável, mas não são tão grandes.”
Já ao ser perguntado sobre os riscos de punições que poderão ser aplicadas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após o término da competição, tendo em vista as polêmicas que envolvem a briga de torcedores de Vasco e Atlético, além da suposta escalação irregular de um jogador da Portuguesa que poderia salvar o Fluminense do rebaixamento, o treinador preferiu não entrar neste mérito.
“Confusão na justiça não é algo que eu possa falar alguma coisa. Isso aí é uma situação que é clube, resultado de jogo, quem tem de resolver são os juízes, o STJD, o Tribunal de Justiça, as pessoas indicadas”, frisou Felipão, ao mesmo tempo em que voltou a lamentar os episódios lamentáveis ocorridos na Arena Joinville, palco de Atlético-PR x Vasco, pela rodada final do Brasileirão.
“Todos nós ao observamos uma situação como aquela ficamos deprimidos, mas é aquilo que eu venho falando há um, dois, três, vinte anos: leis devem ser cumpridas, então, cumpra-se as leis. Existem leis no Brasil bem definidas pra quem é baderneiro, pra quem faz confusão, pra quem rouba, pra quem mata. Cumpra-se as leis. Só isso que eu venho dizendo, há 20 não, há 40 anos. Agora, se tiver lei, e não for cumprida, não vai mudar nada. Outro detalhe: delegacia pra área esportiva, delegacia pra não sei o quê… é lei pra todo mundo”, ressaltou.