A seleção brasileira faz Luiz Felipe Scolari sonhar. Depois de quatro vitórias no Mundial, o treinador só tem elogios para sua equipe, que por enquanto faz trajetória semelhante àquelas de Parreira, em 94, e de Zagallo, em 98, e que chegaram à final. A ?família? Felipão torna-se cada vez mais realidade – pelo menos em sua avaliação. ?Este grupo tem mostrado tudo o que sonhei, nas equipes em que já dirigi?, avaliou o técnico, na entrevista oficial, depois da partida. ?Há amizade, trabalho, união e dedicação?, enumerou. ?Isso me deixa satisfeito e explica por que estamos superando desafios na competição.?
Felipão fez questão distribuir méritos para todos, como forma de não melindrar ninguém nem fechar o foco em alguns craques. Por isso, não creditou a passagem para as quartas-de-final como obra de Rivaldo e Ronaldo, os goleadores da seleção e responsáveis por nove dos 13 gols marcados até agora pelo melhor ataque da Copa. ?Há o trabalho de equipe e a qualidade individual de nossos jogadores?, comparou. ?Temos bons finalizadores, temos qualidade nos chutes de média distância e Ronaldo perturbou pelo menos dois zagueiros o tempo todo?, recordou. ?Mas as duas coisas andam juntas: equipe e talento.?
O técnico do Brasil vibrou demais nos dois gols, além do que normalmente faz. A reação foi a forma que encontrou para aliviar a tensão provocada pelo jogo equilibrado. Ele admitiu ter sofrido, tanto quanto os torcedores que estavam no estádio ou que acompanharam pela televisão. Mesmo nessa angústia pelo resultado que não vinha, Felipão viu méritos na equipe. ?Sabíamos das dificuldades que encontraríamos?, disse. ?Mas temos um time que luta, que busca o resultado até o fim, mesmo que algumas vezes surjam alguns erros?, admitiu. ?Até agora não há o que reclamar.?
Os ingleses passam a ser o objeto de preocupação só a partir desta terça-feira. Na noite desta segunda-feira, pelo menos, tinha apenas um desejo. ?Quero descansar?, revelou. ?Agora, não quero falar de Inglaterra.?