A conquista do pentacampeonato pelo Brasil continua rendendo bons resultados para o ex-técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari. A Federação Internacional de História e Estatística do Futebol, com sede na Alemanha, elegeu, ontem, Felipão como o melhor técnico do mundo em 2002.
O resultado foi obtido depois da votação de jornalistas e especialistas de mais de 91 países, que em 1997 elegeram Zagallo como o melhor técnico do mundo. Em 1999, o título ficou para Wanderley Luxemburgo.
Mas Scolari bateu todos os recordes de votação e recebeu 286 indicações em 2002, quase cem votos a mais que o segundo colocado, o holadês Guus Hiddink, que comandou a Coréia do Sul em sua mais brilhante participação na história dos mundiais.
Segundo a entidade, Scolari, de 54 anos, colocou grande ênfase no espírito de equipe e no trabalho coletivo da seleção. De fato, segundo uma avaliação feita pela Fifa após a Copa, Scolari conseguiu um equilíbrio entre o uso do trabalho coletivo e das jogadas individuais dos craques brasileiros para conseguir que a seleção se tornasse o melhor ataque da competição.
Em 2002, a campanha da seleção foi impecável. O Brasil realizou 15 partidas durante o ano, oito amistosos e sete jogos válidos pela Copa do Mundo. Em todo o ano, a seleção contabilizou apenas uma derrota, contra o Paraguai em Fortaleza, no jogo que seria realizado para a entrega das faixas. O time ainda registrou um empate, contra Portugal, em abril, em um amistoso em Lisboa na preparação o para a Copa do Mundo. No total, o Brasil marcou 40 gols e sofreu apenas 9 durante o ano, uma marca considerada pela Fifa como excelente.