A torcida do Grêmio fez grande festa para receber o técnico Luiz Felipe Scolari nesta terça-feira em Porto Alegre. Aproximadamente 150 torcedores estiveram no Aeroporto Salgado Filho, nesta manhã, para recepcionar seu novo comandante. Após 18 anos, ele volta a treinar o clube com o qual ganhou sete títulos.
“Oh, o Felipão voltou”, e “o campeão voltou’, foram alguns dos cânticos dos torcedores. O treinador desembarcou pelo Terminal 2 e saudou os torcedores, que ficaram do lado de fora da cerca. O técnico deixou o aeroporto rumo à Arena Grêmio, onde concederá sua primeira entrevista coletiva. No caminho, gremistas cercaram o carro e tentaram acompanhá-lo pela avenida dos Estados.
Felipão retorna ao Sul “muito contente” e com todo respaldo da diretoria do Grêmio. Nome de confiança do presidente Fábio Koff, que o queria no clube desde 2013, sua missão é acabar com os altos e baixos da equipe no Campeonato Brasileiro e, quem sabe, ainda brigar pelo título.
Hoje, a diferença para o líder Cruzeiro está em nove pontos. Felipão não deve dirigir o time diante do Vitória, sábado, às 21 horas, no Barradão. Sua estreia deve acontecer na outra semana, no clássico com o Internacional, no Beira-Rio.
Esta será a terceira passagem do técnico pelo clube gaúcho. Nas outras duas, ele obteve êxito. Em 1987, estreou no dia 3 de junho e pouco mais de um mês depois, já dava a volta olímpica para comemorar a conquista do Campeonato Gaúcho em cima do grande rival, o Inter. As equipes chegaram ao último jogo do hexagonal final empatadas e uma vitória por 3 a 2 (foram três gols em 18 minutos) valeu o tricampeonato ao Grêmio.
A segunda passagem de Felipão não começou como era o esperado em 1993, pois teve eliminação na primeira fase do Brasileirão e muita cobrança. Muitos torcedores queriam sua demissão e foram ignorados por Koff. O também presidente da época bancou o treinador e, como prêmio, colheu os frutos nas três temporadas seguintes.
Com Felipão, o Grêmio ganhou a Copa do Brasil de 1994, os títulos gaúchos de 1995 e de 1996 e as importantes taças da Libertadores em 1995 e da Recopa e do Brasileirão em 1996. Conquistas até hoje bastante festejadas pelos gremistas, que já esfregam as mãos confiando em nova era vencedora com Scolari.