O técnico Luiz Felipe Scolari voltou a ser o centro de mais uma polêmica. Suspenso por dois jogos por causa de sua expulsão na partida contra o Atlético-MG, o treinador foi acusado por um fotógrafo de agressão, no intervalo da partida contra o Botafogo, na noite da última quarta-feira, nos vestiários do Engenhão.
Pelo fato de estar suspenso, Felipão não pôde comandar o time no gramado, que contou com a presença do auxiliar-técnico Flávio Murtosa. Porém, o treinador foi aos vestiários antes e no intervalo do duelo para dar instruções e conversar com os jogadores palmeirenses.
Ao saber da presença de Felipão no local durante o intervalo, assessores do Botafogo alertaram jornalistas e fotógrafos, sendo que um deles, Fernando Soutello, da agência Agif, irritou o treinador ao fotografá-lo quando ele deixava um dos elevadores do Engenhão. Acompanhado por um segurança do Palmeiras, o técnico foi acusado de ter dado um tapa na câmera fotográfica. O profissional, que registrou o momento em que o treinador tenta tirar a câmera de seu foco, prometeu prestar queixa formal de agressão na delegacia.
Felipão não deu entrevistas após o confronto para comentar o episódio, mas o Palmeiras se manifestou na manhã desta quinta, por meio do seu site oficial, apenas para esclarecer que a presença do técnico nos vestiários não é proibida, apesar de ele estar suspenso. O clube não falou sobre a acusação de agressão.
“Ele só não pode assinar a súmula ou entrar em campo. É só isso que está na regra quando a suspensão é por jogos, como aconteceu no caso dele. Se fosse suspensão por dias, aí sim seria diferente. Nesse caso, ele não poderia frequentar os vestiários e teria que entrar direto para alguma dependência do estádio, como um torcedor comum”, afirmou Sérgio do Prado, gerente administrativo do Palmeiras.
Mas, se Felipão preferiu se calar após o confronto, Murtosa deu entrevista coletiva e lamentou a derrota por 3 a 1 para o time botafoguense. “O Botafogo teve uma felicidade logo de cara e esse detalhe pesa muito. Quando um time sai marcando nos primeiros minutos, arruína todo um esquema que havia sido montado e praticamente assegura o resultado”, comentou o auxiliar de Felipão, antes de comentar o peso das ausências de Valdivia, Kléber, Luan e Maikon Leite no confronto.
“Foram muitas mudanças e isso pesa em um jogo entre dois times que estão na ponta. Colocamos o Ricardo Bueno pela primeira vez, assim como aconteceu com o Fernandão, por necessidade. E é claro que tantos desfalques, que podem decidir um jogo, pesam na formação da equipe. Infelizmente, não fizemos uma boa partida, pecamos pela desatenção e o Botafogo se aproveitou disso”, reforçou.
Após a derrota, o Palmeiras agora mira o confronto com o Cruzeiro, no próximo domingo, no Pacaembu, pela 21.ª rodada do Brasileirão. No duelo, o time terá o retorno do goleiro Marcos, poupado contra o Botafogo, e do atacante Luan, que cumpriu suspensão. Já o atacante Kléber, com dores no joelho direito, será reavaliado, mas tem grande chance de atuar. Já o meia Valdivia, que serve a seleção chilena, e o atacante Maikon Leite, lesionado, são desfalques certos.