Questionado pela demora para definir a equipe titular antes do início da Copa do Mundo da Coréia do Sul e do Japão e pela constantes mudanças que faz durante a competição, o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, protagonizou um momento curioso em sua primeira entrevista em território japonês. Mais: justificou a fama que o persegue. Ao ser perguntado se poderia manter no time alguns dos jogadores que entraram especialmente para a partida contra a Costa Rica, o treinador foi enfático. ?Não vou fazer nenhuma alteração!? disse. No entanto, Scolari não atentou para um detalhe: manter a equipe que vinha jogando implica, necessariamente, em fazer três modificações.
Isso porque, na vitória por 5 a 2 sobre os costarriquenhos, na última partida da primeira fase, o zagueiro Roque Júnior, o lateral-esquerdo Roberto Carlos e o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho foram substituídos por Edmílson, Júnior e Edílson, respectivamente.
Contudo, no momento de confirmar a escalação dos titulares que, seja por problemas de desgaste físico ou cartão, não participaram da partida passada, Scolari voltou a utilizar-se do tradicional mistério. ?Em princípio, todos devem voltar?, afirmou.
?Mas precisamos aguardar para ver como o grupo vai se comportar no coletivo.? A delegação está no Japão, onde se concentra para o jogo de segunda-feira, às 8h30 (horário de Brasília), em Kobe, contra a Bélgica, pela oitavas-de-final do Mundial. A disputa, agora, é eliminatória.
O treinador brasileiro justifica sua dúvida com elogios aos jogadores que entraram. Para ele, alguns ?cresceram? no aspecto físico e tático. Mas não demorou em acrescentar que essa constatação, em nenhum momento, vai representar euforia. ?Isso só nos dá confiança?, observou.