Passada a fase de amistosos, com as vitórias sobre Panamá (4 a 0) e Sérvia (1 a 0), o foco da seleção brasileira está definitivamente voltado para o seu adversário de estreia na Copa do Mundo, a Croácia, na próxima quinta-feira, no Itaquerão, em São Paulo. Preocupado em começar bem o torneio, o técnico Luiz Felipe Scolari já conhece bem o adversário e revelou preocupação especial com dois jogadores adversários: os meio-campistas Luka Modric, do Real Madrid, e Ivan Rakitic, do Sevilla.

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Ao comparar a Sérvia, adversária do amistoso de sexta-feira, com a Croácia, Felipão citou especificamente os dois jogadores. “Uma das diferenças é que eles têm dois meias criativos e que trabalham bem a bola, o Rakitic e o Modric, que erram poucos passes. Podem não ter dinâmica de pegada no meio-de-campo, mas com a bola no pé, pouco erram”, disse Felipão.

Scolari, então, já definiu a sua estratégia para conter os jogadores apontados como destaque da Croácia na abertura da Copa. E ela passa pela marcação sob pressão, dificultando a saída de jogo, executada especialmente por Modric. “Espero fazer a marcação da saída de bola deles, para dificultar essa saída com qualidade. Assim, espero ter mais domínio da bola”, afirmou.

A marcação sob pressão foi testada em alguns momentos do duelo com a Sérvia, mas o próprio Felipão reconheceu que ela não foi tão bem executada quanto ele gostaria. Porém, o treinador espera que exista evolução para a abertura da Copa, com mais tempo para treinos. “Acho que para o jogo com a Croácia, estaremos em melhores condições físicas. Já melhoramos em comparação com o Panamá, 10%, 15%”, avaliou.

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O técnico da seleção também destaca que a marcação adiantada pode facilitar a estratégia de abrir o placar já nos minutos iniciais e encaminhar a vitória. “Se você marca pressão e logo marca o primeiro gol, parece que tudo deu certo. O time adversário desmorona, tem que mudar seu estilo. E quando se faz mudanças, é natural que se comenta mais erros”, comentou.

Anteriormente, Felipão havia adiantado que nem pensa na possibilidade de tropeçar na abertura da Copa, pois isso poderia deixar a seleção em situação perigosa para o restante da primeira fase. “A ideia principal com os nossos atletas é vencer o primeiro jogo para ter a possibilidade de um tropeço, de jogar mal e mesmo assim se classificar”, justificou.

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Assim, trabalhar a marcação sob pressão deverá ser um dos trabalhos que a seleção intensificará a partir deste domingo, quando se reapresenta na Granja Comary, em Teresópolis, após folgar neste sábado.