Lisboa – Luiz Felipe Scolari gosta de desafios e venceu vários. Mas, hoje, a partir das 13h (horário de Brasília), encara uma das provas mais difíceis e solitárias de sua carreira. O treinador pentacampeão do mundo procura mostrar, a desconfiados torcedores e críticos portugueses, que pode levar a seleção deles a ocupar lugar de destaque na Europa. O primeiro obstáculo é a emergente Grécia, no Estádio do Dragão, na Cidade do Porto, na abertura da Euro-2004.
“Portugal precisa mudar de mentalidade”, tem afirmado Felipão, com regularidade. “É preciso acreditar na possibilidade de grandes conquistas”, emenda. Para tanto, porém, adverte que os jogadores precisam aprender a conviver com pressão e “mostrar força em campo”.
Felipão foi contratado em 2003 e desde o início conviveu com o ceticismo em torno de sua capacidade. Logo de cara, abafou tentativa de medalhões como Figo e Rui Costa contestarem seus métodos, ao convocar o luso-brasileiro Deco para a seleção. Mas a estrela brilhou, porque o meia-atacante do Porto fez o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Brasil em março daquele ano.
Há, no entanto, outro desafio a superar. Em um ano e meio, Portugal não venceu nenhum dos sete confrontos com equipes classificadas para a Euro: foram empates de 1 a 1 com Holanda, Grécia e Inglaterra, 2 a 2 com Suécia, e derrotas para Itália (1 x 0 e 2 a 1) e Espanha (3 a 0).
Ficha técnica
Portugal: Ricardo; Paulo Ferreira, Rui Jorge, Fernando Couto e Jorge Andrade; Maniche, Costinha, Figo, Simão Sabrosa e Rui Costa; Pauleta. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Grécia: Nilopolidis; Lakis, Dellas, Kapsis e Fyssas; Zagorakis, Basinas, Giannakopoulos e Tsartas; Venetidis e Vryzas. Técnico: Otto Rehhagel.
Árbitro: Pierluigi Collina (Itália).