Na página 102 do livro Felipão – A alma do Penta, que relata a trajetória do técnico campeão do mundo no Japão, Luiz Felipe Scolari afirma, em um de seus relatos, que voltou ao Brasil com alguns projetos em mente e que “espero colocá-los em prática até o final do ano”. Pois bem, assim o fez ao fechar, ontem, o acordo com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Mandaíl, para comandar a seleção daquele país até o final da Eurocopa, que será disputada em julho de 2004, em Portugal.

Tudo foi feito como nos velhos tempos. Nada de assinaturas já. Mandaíl ligou para Felipão e, por telefone mesmo, acertaram os últimos detalhes e o contrato final. Os papéis só serão preenchidos em janeiro, quando o brasileiro vai ser apresentado oficialmente em Lisboa para iniciar o trabalho. Ambos mantiveram as propostas feitas no dia 18, quando se encontraram em Madrid. Além de US$ 500 mil de luvas, o novo técnico da equipe portuguesa vai embolsar cerca de US$ 150 mil (R$ 500 mil) por mês.

Porém, nem mesmo o fato de ter dirigido a seleção brasileira na conquista do penta fez com que Felipão se tornasse uma unanimidade entre os portugueses. Muitos contrários à sua contratação alegam que o brasileiro não entende nada de futebol português e que, por isso, a vaga deveria ficar com um conterrâneo.

Além da contratação de Felipão, Madaíl aproveitou também para tentar viabilizar um amistoso com o Brasil em 29 de março. O dirigente luso encaminhou, na segunda-feira, um fax ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira. A partida deve ser realizada no Porto ou em Paris.

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