No jogo mais difícil de sua carreira, João Souza não se intimidou com o favorito Rafael Nadal, nesta quinta-feira, e empolgou a torcida, apesar da derrota por 2 sets a 0. Ao fim da partida, o brasileiro, conhecido por Feijão, lamentou o revés, mas disse tirar lições da partida contra o “Rei do Saibro”.
“Já esperava um jogo duríssimo, decidido nos detalhes. “Não foi o meu melhor jogo, mas foi um bom jogo. Chamei a torcida e consegui sentir a energia do povo. Mas óbvio que saio triste com a derrota. De qualquer jeito, foi uma grande experiência para mim”, afirmou o brasileiro, que saiu do qualificatório antes de ser eliminado nas oitavas de final.
Feijão disse que guardará como recordação da partida, que contou com o Ginásio do Ibirapuera praticamente lotado, a motivação da torcida. “Só tenho a agradecer a torcida, a toda energia que me deram o jogo inteiro. Vou levar isso para o resto da minha carreira. São poucos os lugares em que a gente sente toda essa vibração. Só quem está lá dentro sabe como é”.
O brasileiro espera repetir a experiência de jogar diante de grande público nas próximas competições. “Espero que se isso repita com mais frequência. Que eu possa melhorar meu ranking para continuar jogando em lugares com a atmosfera de hoje”, afirmou.
Durante a partida, o contato de Feijão com a torcida gerou situação inusitada. Logo após gesticular, pedindo apoio das arquibancadas, ele foi repreendido pelo árbitro de cadeira. Os gestos para a torcida só são permitidos em partidas da Copa Davis.
“Foi o que veio na cabeça naquela hora. Tentei me soltar. A torcida se identificou. Só pode na Copa Davis e eu não sabia disso. Da próxima vez, eu não faço mais”, disse o brasileiro, entre risadas.
Questionado sobre a ausência de brasileiros nas quartas de final do torneio, Feijão atribuiu a eliminação dos compatriotas ao alto nível do Brasil Open. “Está mais forte do que no passado. Tem mais cabeças de chave entre os 25 primeiros do mundo. Não está fácil de seguir avançando pela chave”, opinou.
