São Paulo (AE) – No caminho do tricampeonato do Masters Cup, o tenista suíço Roger Federer aplicou uma bicicleta – marcou 6/0 e 6/0 no argentino Gaston Gaudio, para garantir um lugar na final do torneio hoje, diante de outro argentino, David Nalbandian, que eliminou o russo Nikolay Davydenko por 6/0 e 7/5. Esta é a primeira vez na história da competição, criada em 1970, que um jogador vence uma partida por duplo 6 a 0. A façanha só poderia mesmo ser autoria de um dos maiores gênios do tênis, que pelos seus resultados pode transformar-se num dos grandes da história.
Federer teve gloriosos 49 minutos na quadra do estádio Qi Zong, em Xangai, com capacidade para 15 mil pessoas. Mostrou toda sua refinada técnica e mesmo diante de um campeão de Roland Garros deixou claro que está um nível acima dos demais tenistas. ?Não tinha o que fazer?, lamentou-se Gáudio. ?Acho que foi o pior jogo da minha vida.?
Com a classificação para a final do Masters Cup de Xangai, Roger Federer está a ponto de conquistar novas marcas históricas. Se ganhar o torneio hoje, igualará o recorde de duas verdadeiras legendas do tênis, o romeno Ilie Nastase, campeão do Masters de 1971 a 73 e o checo naturalizado norte-americano Ivan Lendl, ganhador de 1985 a 87.
Além disso, o tenista suíço está a apenas uma vitória de colocar seu nome ao lado de John McEnroe, que em 1984 venceu 82 partidas e perdeu apenas três na temporada. Federer ganhou até hoje 82 e foi derrotado três vezes, para Marat Safin, no Aberto da Austrália; para Richard Gasquet, no Masters Series de Monte Carlo; e para Rafael Nadal, em Roland Garros. ?É um grande feito estar ao lado desses nomes do tênis?, afirmou Federer.
Além das marcas históricas, Federer também pode engordar bastante sua conta bancária. Uma vitória diante de Nalbandian significa um prêmio de US$ 1,5 millhão. O Masters tem um sistema de premiação diferente dos torneios tradicionais. Paga US$ 90 mil pela participação, US$ 120 mil por cada vitória no round robin, US$ 370 mil por vitória nas semifinais e mais US$ 700 mil para ganhar a final. O campeão invicto, como seria o caso de Federer, acumularia US$ 1,520 milhão, além de somar 750 pontos para o ranking mundial, o que o deixaria numa liderança disparada.