Roger Federer não escondeu a emoção ao final da decisão de Roland Garros neste domingo. O número dois do mundo se ajoelhou no saibro e chorou, ovacionado pela torcida francesa. O título do único Grand Slam que ainda não tinha tirou um peso nas costas do tenista, considerado por muitos o melhor de todos os tempos.
“É provavelmente a minha maior vitória, ou com certeza aquela que tirou o maior peso dos meus ombros. Acho que agora, e até o fim da minha carreira, eu vou poder jogar com a minha cabeça em paz e não vou mais ouvir que eu nunca ganhei em Roland Garros”, desabafou Federer, que foi derrotado nas últimas três finais da competição pelo espanhol Rafael Nadal.
A consagração em Paris fez do suíço o maior vencedor de torneios Grand Slam da história, ao lado do norte-americano Pete Sampras, com 14 títulos. “Agora a questão é: sou o melhor tenista de todos os tempos?”, perguntou Federer, que se apressou em responder. “Nós não sabemos, mas eu estou sendo beneficiado porque finalmente venci os quatro torneios de Grand Slam. Mas estou particularmente feliz por ter atingido o recorde de Sampras”.
Após derrotar o sueco Robin Soderling, algoz do rival Rafael Nadal, nas oitavas de final, Federer confessou que se sentiu aliviado por não ter que enfrentar o espanhol em uma eventual final, como aconteceu nos últimos anos. “Estava aliviado porque ele estava sendo o mais difícil de ser vencido”, reconheceu o suíço.
Na opinião de Federer, o fato de não ter vencido Nadal para ficar com o título não desvaloriza a sua conquista. “Tive uma chave difícil. É claro que não era o Nadal do outro lado da rede, mas eu o venci há algumas semanas no saibro de Madri. Então, eu realmente senti que merecia o título”, declarou o tenista, que teve duras batalhas contra Juan Martín Del Potro, Gael Monfils e Tommy Haas no caminho para chegar à decisão.