Roger Federer igualou nesta quarta-feira um recorde pessoal que ele conquistou há 12 anos, mas foi eliminado de forma surpreendente nas quartas de final do Torneio de Wimbledon ao ser derrotado pelo sul-africano Kevin Anderson, que buscou uma improvável virada por 3 sets a 2, com parciais de 2/6, 6/7 (5/7), 7/5, 6/4 e 13/11, em Londres.

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Atual campeão do Grand Slam inglês e vice-líder do ranking mundial, o tenista suíço acabou sucumbindo depois de 4 horas e 13 minutos de equilibrado confronto com o oitavo colocado da ATP, contra o qual o recordista de títulos de Grand Slam igualou um expressivo feito que já era dele. Ao ganhar as duas primeiras parciais do duelo desta quarta, ele completou 34 sets seguidos de invencibilidade no mais importante torneio de tênis realizado em quadras de grama.

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Federer atingiu esta mesma sequência nas campanhas vitoriosas que realizou na capital inglesa entre 2005 e 2006, ano em que se sagrou tetracampeão de Wimbledon, onde ele também ergueu a taça em 2003, 2004, 2007, 2009, 2012 e finalmente em 2017, quando ganhou sete partidas sem ceder nenhum set aos seus rivais.

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O tenista da Basileia não perdia um set – e uma partida – em Wimbledon desde quando foi eliminado por Milos Raonic nas semifinais de 2016, então também caindo por 3 a 2 diante do canadense. E Anderson enfrentará na próxima fase o vencedor do confronto entre o mesmo Raonic e o norte-americano John Isner, também previsto para ser encerrado nesta quarta-feira.

Antes de ver o sonho de conquistar o seu nono título deste Grand Slam ruir, Federer chegou a dar a impressão de que ganharia fácil de Anderson. No primeiro set, o suíço confirmou todos os seus saques sem dificuldade e ainda aproveitou duas de três chances de quebrar o serviço do sul-africano para aplicar 6/2 e abrir vantagem.

Na segunda parcial, cada tenista conquistou uma quebra de saque e assim eles forçaram a disputa do tie-break, no qual o atual campeão foi um pouco melhor para fechar em 7/5. A partir do terceiro set, porém, Anderson deu início a uma grande reação. Sem ter o serviço quebrado por nenhuma vez, converteu um de dois break points para fazer 7/5 e se manter vivo no confronto.

No quarto set, o sul-africano de 2,03m de altura mais uma vez fez valer o poderio do seu saque na grama para confirmar todos os serviços e voltou a conquistar mais uma quebra para fazer 6/4 e empatar o duelo.

No quinto set, que em Wimbledon não conta com a disputa de tie-break em caso de empate de 6 a 6, a batalha pela vitória se estendeu até o 24º game. E em nenhum deles o suíço conseguiu quebrar o saque do sul-africano, que converteu um break point no 23º e depois serviu para liquidar o duelo em 13/11. No fim, ele contabilizou 28 aces, contra 16 do atual número 2 do mundo, que também pagou o preço por só ter aproveitado três das 12 oportunidades que teve de ganhar games no saque do rival.

Antes de surpreender nesta quarta-feira, Anderson havia sido derrotado nos quatro duelos anteriores que travou com Federer no circuito da ATP. E todas estas vitórias foram obtidas em sets diretos pelos suíço, nos Masters 1000 de Paris, em 2013, de Indian Wells (2014), de Roma e Cincinnati (ambos em 2015). Agora, porém, o sul-africano ganhou três em um só duelo para derrubar o atual campeão em Londres.

DJOKOVIC TAMBÉM AVANÇA – Três vezes campeão de Wimbledon, com os títulos de 2011, 2014 e 2015, o sérvio Novak Djokovic garantiu vaga nas semifinais do Grand Slam inglês ao bater o japonês Kei Nishikori por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 3/6, 6/2 e 6/2, em outro confronto já encerrado nesta quarta-feira.

Com o triunfo, o ex-líder do ranking mundial que hoje ocupa a 21ª posição da ATP se credenciou para enfrentar na próxima fase o ganhador do duelo entre o espanhol Rafael Nadal e o argentino Juan Martín del Potro, também previsto para ser concluído nesta quarta no All England Club.

Essa será a primeira semifinal de Grand Slam a ser disputada por Djokovic desde quando ele alcançou esta mesma fase no US Open de 2016, em Nova York. De lá para cá, o tenista de Belgrado sofreu com lesões, sendo que uma delas, no cotovelo, o deixou de fora de toda a segunda metade da temporada de 2017.