Londres – A vitória de Roger Federer pelo segundo ano consecutivo no torneio de Wimbledon indica que as previsões sobre seu futuro podem mesmo estar corretas. Com técnica refinada e um talento divino, derrotou ontem o norte-americano Andy Roddick e seu temido saque, por 3 sets a 1, parciais de 4/6 7/5, 7/6 (7/3) e 6/4. Com o bicampeonato, opiniões, como a do genial ex-jogador John McEnroe, ganharam força e credibilidade: a de que o tenista suíço poderá transformar-se no maior da história e acumular mais conquistas do que Pete Sampras ou Bjorn Borg – o primeiro sete e o segundo cinco vezes campeão no All England Club.
Hoje em dia já é o maior. Só este ano ganhou seis títulos, entre eles dois Grand Slams, como o Aberto da Austrália e agora o de Wimbledon, além de ter vencido competições do porte de Indian Wells e Hamburgo. Federer acumula 24 vitórias seguidas na grama e esta é a segunda maior marca da história, só fica atrás de 41 jogos invictos de Borg. Confirma também sua condição de número 1 do ranking mundial e, curiosamente, está sem perder desde a terceira rodada de Roland Garros, quando foi superado justamente pelo brasileiro Gustavo Kuerten.
“É realmente incrível tudo o que estou acumulando nestes meses. Mas vencer desta vez não foi nada fácil”, avaliou o campeão. “O Roddick jogou muito agressivo, esteve em vantagem no terceiro set e mostrou que ele também merece um dia ganhar este título.”
Pelo campeonato, Federer embolsa também US$ 1 milhão em prêmios e já soma na carreira mais de US$ 10 milhões. Com os 500 pontos no ranking, dispara na liderança, mas não leva, o troféu para casa. Por tradição em Wimbledon, a taça fica apenas algumas horas nas mãos do vencedor. Depois, recebe uma réplica em tamanho reduzido e terá seu nome inscrito na original.
Honra
O nome do campeão de Wimbledon também vai para um quadro de honra, numa parede, do lado de fora da quadra central. E para ver isso, a campeã do feminino, a bela Maria Sharapova voltou ao All England Club, depois da final com Serena Williams. “Só agora, vendo meu nome neste quadro, é que passei a acreditar que sou mesmo a campeã”, disse a tenista.
Em tom de alívio, Sharapova também revelou que na sexta-feira – véspera da final – chorou muito à noite. É que tinha ficado gripada e estava preocupada se poderia jogar ou não. “Achei que iria cair de cama e fiquei em lágrimas.”