Enquanto alguns dos principais golfistas da atualidade anunciam que não disputarão a Olimpíada do Rio por medo do vírus da zika, os melhores tenistas da atualidade não demonstram nenhuma preocupação. Neste sábado, em Wimbledon, Andy Murray e Roger Federer deixaram claro que não temem o mosquito.
“Eu nunca reconsiderei minha decisão. Eu sei que vou jogar. Vou fazer de tudo que eu puder para estar lá. Para mim, isso sempre foi um grande objetivo, a Olimpíada, independente se dá pontos ou não, ou onde ela será”, disse o suíço, que ainda não ganhou o ouro olímpico em simples – ficou com a prata em Londres, mas tem o ouro de duplas de Pequim.
Sobre o zika, Federer disse que vai “passar repelente no corpo e tomar as precauções que tiver que tomar”. Já Andy Murray minimizou qualquer risco. “O médico da federação britânica, que trabalha há 35 ou 40 anos, ele acha que (o Rio) é muito seguro, então a gente deve ficar bem.”
A postura dos tenistas está diretamente relacionada à presença do tênis no programa olímpico há 32 anos. Se de início a maioria dos profissionais não deu bola para os Jogos de Los Angeles, em 1984, agora quase todos eles têm a Olimpíada como um objetivo do calendário. Rafael Nadal, por exemplo, não vai jogar em Wimbledon para estar bem para a Olimpíada.
Assim, os tenistas se assemelham aos atletas de quase todas as outras modalidades olímpicas. Já no golfe, que volta ao programa olímpico após mais de um século, os atletas chegaram ao circuito profissional sem ter o ouro olímpico como uma meta de carreira. Isso pode explicar por que, para muitos deles, o vírus da zika seja (ao menos no discurso) um argumento para deixar de jogar uma Olimpíada.