Federer campeão na Austrália

Melbourne – Com mais uma atuação brilhante, dessas de causar inveja, Roger Federer não deixou dúvidas de que merece a condição de novo número 1 do mundo. Em 2h15 de jogo colocou um fim na exaustiva campanha de Marat Safin, ao vencê-lo na final de Melbourne, por 7/6 (7/4), 6/4 e 6/2. Com isso, o tenista suíço não só confirma a liderança do ranking, como mantém uma incrível série de 12 vitórias. Não perde desde novembro do ano passado e, nesse período, conquistou dois títulos importantes, o Masters Cup, em Houston, e agora o do Aberto da Austrália. “Sem dúvida é um belo começo de ano, ganhando um título de Grand Slam e assegurando a liderança do ranking”, disse o tenista suíço, que ganhou um prêmio de US$ 800 mil, somou mil pontos para o ranking mundial e com os 200 obtidos para a Corrida dos Campeões também vai liderar esta lista a partir de hoje.

Para Safin também restou uma bela campanha em Melbourne, com vitórias sobre Andy Roddick e Andre Agassi, reconquistando a confiança e a força de seu jogo. Subirá bastante no ranking mundial, indo de 86.º para perto da 30.ª colocação. “Faltou gasolina nesta final”, disse o tenista russo que fez longos jogos em Melbourne. “Mas estou feliz de voltar aos grandes momentos e disputar uma final de Grand Slam.”

O jogo, curiosamente, foi disputado a partir do segundo set ao som de um show de rock nas proximidades de Melbourne Park.” Apesar das reclamações, o árbitro inglês Mike Morrisey disse que não tinha o que fazer e a partida teria de continuar com o barulho.

Para Federer, a vitória em Melbourne o colocou ao lado de jogadores como Pete Sampras, que, em 1994, também conquistou seguidamente os títulos de Wimbledon e do Aberto da Austrália. Enquanto a veterana campeã Martina Navratilova despediu-se da competição com derrota. Ao lado do indiano Leander Paes perdeu a final de duplas mistas para Nenad Zimonjic e Elena Bovia por 6/1 e 7/6 (7/3).

Recordes e cordas

E um torneio em que os organizadores se orgulham da presença de mais de meio milhão de pessoas passando pelas bilheterias, o recorde de serviço ficou com Roddick e o sueco Joachim Johansson, que alcançaram a velocidade de 225 km/h. Com tanta força assim, não é de se surpreender que nessas duas semanas, os tenistas encordoaram mais duas mil raquetes, utilizando 24 km de cordas.

Henin vence o feminino

Melbourne –

Franzina, com um biotipo bem diferente das últimas campeãs do feminino, como as irmãs Williams, Lindsay Davenport ou Jennifer Capriati, todas grandes e fortes, a tenista belga Justine Henin-Hardenne exibe uma técnica invejável, que a transforma numa gigante em quadra, capaz de destruir as mais poderosas adversárias. E assim, conquistou no sábado o Aberto da Austrália, em Melbourne, ao derrotar Kim Clijsters por 2 sets a 1, parciais de 6/3, 4/6 e 6/3, recebendo um prêmio de cerca de US$ 800 mil.

Este é o terceiro título de Grand Slam de Henin, de 21 anos, que ganhou no ano passado os troféus de Roland Garros e do US Open.

“É maravilhoso ganhar o terceiro Grand Slam e ainda manter a liderança do ranking.” Número 1 do mundo há quase quatro meses, Henin-Hardenne está mudando o conceito do tênis feminino. Essa semana, por exemplo, o técnico Marcelo Meyer, responsavel pela preparação de vários juvenis, revelou toda sua alegria pelo surgimento de uma campeã como a belga. “Antes de Henin, os pais de todas as tenistas queriam que suas filhas ficassem mais tempo na sala de musculação do que propriamente na quadra. É preciso ter uma média na preparação de uma jogadora e agora tenistas de um físico um pouco menor voltaram a animar-se com a possibilidade de ir longe.”

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