No reencontro com o espanhol Rafael Nadal em Londres 11 anos depois da épica da decisão que os dois realizaram em Wimbledon em 2008, Roger Federer levou a melhor ao vencer o seu velho rival por 3 sets a 1, com parciais de 7/6 (7/3), 1/6, 6/3 e 6/4, nesta sexta-feira, em um jogo espetacular, e avançou para buscar o seu nono título do Grand Slam inglês.
Maior campeão da história do mais tradicional torneio de tênis realizado em quadras de grama, o suíço avançou para encarar na decisão deste domingo, às 10 horas (de Brasília), o sérvio Novak Djokovic, que na outra semifinal desta sexta superou o espanhol Roberto Bautista-Agut, horas mais cedo, também por 3 sets a 1.
Essa será a 12ª decisão que Federer jogará na capital inglesa, onde anteriormente conquistou o título em 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2012 e 2017, além de ter ficado com o vice-campeonato em 2008, 2014 e 2015. Recordista de títulos de Grand Slam, o suíço também terá a chance de ampliar a sua marca para 21 troféus.
Já Nadal viu se encerrar o sonho do tricampeonato em 2019 depois de ter faturado a taça em 2008 e 2010. Antes disso, o espanhol ainda foi vice-campeão do evento britânico em 2006 e 2007, anos em que foi superado justamente por Federer na final. Em 2011, o atual vice-líder do ranking mundial também foi batido por Djokovic no confronto que valeu o título do Grand Slam britânico.
Atuando diante do seu lendário rival de 37 anos nesta sexta-feira, Nadal, de 33, defendia a vantagem de 24 vitórias e 15 derrotas em 39 confrontos com Federer em sua carreira. Neste 40º duelo entre os dois, porém, o suíço justificou de forma brilhante a sua condição de maior tenista de todos os tempos em uma quadra de grama.
Eficiente com o saque na mão, o suíço confirmou todos os seus serviços sem oferecer nenhuma chance de quebra de serviço no primeiro set. Já o espanhol precisou salvar um break point no oitavo game e depois levou a disputa ao tie-break, no qual o atual número 3 do ranking mundial foi superior para fazer 7/3 e abrir vantagem.
Na segunda parcial, porém, Nadal reagiu de forma avassaladora. Depois de chegar a salvar um break point no terceiro game e fazer 2/1, ele conquistou duas quebras de saque seguidas em quatro oportunidades, confirmou os seus serviços e aplicou um 6/1 para empatar o jogo.
Naquele momento, Federer chegou a dar a impressão de que poderia perder a cabeça, pois exibiu irritação com a sequência de erros que cometeu nesta parcial. O suíço, porém, conseguiu controlar a sua parte emocional. Ele voltou a ser eficiente no saque no terceiro set e, no quarto game da parcial, conseguiu uma quebra ao subir até a rede para matar o ponto com um voleio depois de uma bela troca de golpes dos dois tenistas.
Assim, Federer abriu 3 a 1. Nadal reagir no quinto game e conseguiu dois break points após o suíço cometer uma dupla falta. Porém, o suíço salvou as duas chances de quebra e depois confirmou o serviço para abrir 4/1. E ele depois fez valer o seu serviço até o fim do set para fechar em 6/3, enquanto Nadal chegou a salvar dois break points no sexto game.
No quarto set, novamente exibindo eficiência com o seu saque, Federer confirmou todos os seus serviços e aproveitou uma de quatro oportunidades de quebra para voltar a abrir vantagem de 3 a 1 e ficar mais próximo da vitória. Nadal, como de costume, foi um guerreiro até o fim e chegou a salvar quatro match points no décimo game, mas cometeu um erro na quinta bola do jogo e o suíço fechou o confronto em 6/4, após 3h02min.
No fim, Federer fechou o jogo contabilizando 14 aces e 51 winners, contra 10 pontos de saque e 32 bolas vencedoras do espanhol, que cometeu 25 erros não forçados, enquanto seu rival acumulou 27.
No domingo, Federer enfrentará Djokovic pela terceira vez na final de Wimbledon, no qual o sérvio superou o rival em 2014 e 2015 para garantir o título. No retrospecto geral do duelo entre os dois, o atual líder do ranking mundial tem 25 vitórias e 22 derrotas em 47 partidas com o velho rival, sendo que não é superado pelo tenista da Basileia desde o ATP Finals de 2015, também realizado em Londres.