Além da unanimidade entre os principais clubes gaúchos, catarinenses e paranaenses, o possível retorno da Copa Sul precisará também do aval das federações dos respectivos estados. Com o propósito de defender o interesse dos seus filiados, os comandantes do futebol do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina apoiam o retorno da competição regional, desde que não apenas as necessidades dos grandes clubes sejam atendidas, mas também dos clubes de menor expressão, sobretudo sem enfraquecer os campeonatos estaduais.
“No ano passado os clubes tentaram trabalhar nisso, mas a falta de interesse de Internacional e Grêmio acabou com o movimento que foi iniciado em Curitiba. Tenho uma visão clara. Tudo que vem em benefício dos clubes e não venha a prejudicar o futebol paranaense eu sou a favor”, disse o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, que considera o ranking do Estadual fundamental para a participação dos filiados na competição regional.
“Com isso a gente consegue fortalecer o Campeonato Paranaense. Por isso, o acesso a essa competição pelo ranking se torna fundamental e qualquer movimento nesse sentido eu sou favorável. Se entrar somente clubes com tradição, não surgirão muitas oportunidades”, falou Cury.
Para o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Delfim de Pádua Peixoto Filho, o retorno da competição regional será importante para o crescimento do futebol do Sul do país. “Se depender de Santa Catarina, essa competição pode ser feita, mas com os principais clubes de cada estado. Se times pequenos entrarem na disputa, não haverá tanto apelo e o retorno dessa copa pode causar prejuízo”, ponderou.
O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Noveletto, por sua vez, apesar de aceitar o retorno da Copa Sul, já avisou do desinteresse da dupla Grenal em voltar a disputar a competição regional. “Eu até aceitaria, mas Grêmio e Internacional, principais clubes daqui, não têm interesse. Lá no Nordeste, os clubes são mais nivelados e clubes grandes não querem jogar contra equipes de menor expressão. Ano passado, quando o movimento foi iniciado, os presidentes dos dois times me ligaram e avisaram que estariam fora caso a Copa Sul fosse reativada”, frisou.