A briga generalizada na final do Campeonato Alagoano, domingo, entre CSA e CRB, fez o Ministério Público de Alagoas radicalizar. Na terça, o órgão recomendou a proibição de torcedores vestido com qualquer indumentária do CRB na partida desta quarta-feira, contra o Vasco, em Maceió, pela Copa do Brasil. Em tese, só a torcida vascaína poderia comparecer ao jogo no Rei Pelé.

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A medida, porém, não será adotada. Na manhã desta quarta-feira, a Federação Alagoana de Futebol (FAF) emitiu comunicado para informar que não seguirá a recomendação. A entidade alegou que não tem ingerência sobre a Copa do Brasil – organizada pela CBF – e que o torcedor comum não pode ser punido pelas ações das organizadas.

“Considerando a importância do jogo para o time local (CRB, bem assim a possibilidade real de incremento de renda e com isso melhores condições para viabilizar eventual permanência do clube da competição, a FAF resolve determinar a proibição de entrada apenas de torcedor com indumentária, camisa, símbolos, ou qualquer outro objeto que possa identificar como sendo de torcida organizada, tanto do CRB quanto do Vasco”, decidiu a FAF.

Na terça-feira, a Polícia Civil de Alagoas prendeu quatro acusados de participarem da briga entre torcidas no domingo. O gandula Wilson Ferreira dos Santos, 31 anos, – que atuou no jogo – foi um dos detidos. Além dele, foram presos Joseph Herbert do Nascimento Pereira, 29, Artur Henrique dos Santos Almeida, 20, e Flávio Gouveia dos Santos, 29 anos.

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Segundo o secretário de Segurança Pública de Alagoas, Paulo Domingos de Araújo Lima Júnior, os quatro foram reconhecidos pelas imagens de tevê e pelo circuito interno do estádio. Lima Junior informou ainda que ainda no domingo, durante o jogo, foram presos Artur José Félix de Amorim, 26 anos, e David Williams Alves de Oliveira, 20, que teriam várias passagens pela polícia. Todos os acusados foram encaminhados para a Casa de Custódia de Maceió.

Na noite de segunda-feira, o secretário de segurança disse que a polícia não é culpada pelo que aconteceu no estádio Rei Pelé no domingo. Ele defendeu o fim das torcidas organizadas em Alagoas, justificando que as agressões entre torcedores mancha o Campeonato Alagoano, o título do CRB (que conquistou o bicampeonato estadual) e o Estado de Alagoas perante o Brasil e o mundo.

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