São Paulo – A baderna provocada na quinta-feira pela torcida do Corinthians no Estádio do Pacaembu não ficará impune. Ministério Público, polícias Militar e Civil , Procon e Federação Paulista de Futebol determinaram ontem o afastamento das Torcidas Organizadas dos estádios de São Paulo por cerca de 120 dias – prazo estipulado para que órgãos competentes investiguem os corintianos envolvidos na tentativa de invasão do Pacaembu, ocorrida após o terceiro gol do River Plate na vitória por 3 a 1. Houve confronto com a polícia. Oito membros da Gaviões foram encaminhados ao 23.º DP de Perdizes. Seus nomes não foram revelados. Eles responderão a inquérito em liberdade.
A reunião marcada na sede na FPF determinou ainda que o clássico entre Corinthians e São Paulo, amanhã, será em São José do Rio Preto e não mais no Pacaembu. Os bilhetes serão adquiridos somente nas bilheterias do Estádio Teixeirão a partir de hoje.
A determinação vale para todas as uniformizadas de São Paulo, como Mancha Verde, Independente, Gaviões da Fiel, Torcida Jovem.
?O membros dessas torcidas estão proibidos de entrar nos estádios com qualquer indumentária da facção?, explicou o presidente da FPF Marco Polo del Nero. O que não quer dizer que o torcedor não aparecerá nos jogos.
?Se o presidente da torcida comprar seu ingresso como qualquer pessoa comum e não estiver vestido com as cores e com os brasões da organizada, ele pode entrar normalmente.?
A decisão não é nova no futebol paulista. Ela foi tomada no passado sem qualquer resultado efetivo. Os uniformizados na época apenas deram um tempo, esperaram a situação esfriar e voltaram à cena. Torcedores já morreram em confrontos após a primeira vez que Ministério Público e FPF falaram em proibir as uniformizadas nos estádios.
A PM, que trabalhou com coragem no combate aos corintianos ensandecidos, não possui mecanismos legais para prender os ?briguentos?.
