Os clubes que procuraram a Federação Paulista de Futebol (FPF) em busca de antecipação das cotas referentes aos direitos de transmissão do Campeonato Paulista dos próximos anos receberam bem menos do que pediram. A entidade tem limitado o adiantamento do repasse a somente 30% dos valores a que os filiados têm assegurado para as próximas temporadas.

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O presidente Reinaldo Carneiro Bastos alega aos clubes que a distribuição antecipada da verba seria uma espécie de “doping financeiro” e como consequência provocaria um desequilíbrio técnico no campeonato. Quem saísse na frente e conseguisse antecipar mais dinheiro com a federação poderia contratar mais jogadores e levaria vantagem em relação aos adversários. Por isso, a entidade resolveu restringir o repasse a menos de um terço do valor dos contratos dos direitos de transmissão do Estadual das próximas temporadas.

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A antecipação no recebimento de cotas de transmissão dos direitos de televisão virou uma prática comum entre os clubes do Estado nos últimos anos. Com dificuldades financeiras, os dirigentes usam o dinheiro para pagar salários atrasados, contratar jogadores e quitar premiações aos elencos. Alegam que é mais vantajoso pegar dinheiro adiantado com a federação do que pedir emprestado ao banco e pagar juros.

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O Campeonato Paulista é o Estadual mais valioso do País e o que melhor paga pelos direitos de TV. Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos recebem, cada um, mais de R$ 17 milhões por ano referentes a cotas de transmissão. A Ponte Preta ganha R$ 6 milhões e os times menores do Estado ficam com R$ 3 milhões – a quantia varia dependendo da série do Campeonato Brasileiro que o clube disputa e também da quantidade de anos que o clube está no Paulistão.

Em premiação, a federação ainda vai distribuir mais R$ 11,7 milhões. O valor total é 20% superior em comparação com 2016 (R$ 9,8 milhões). O maior aumento foi para o campeão, que no ano passado ganhou R$ 4 milhões e agora receberá R$ 5 milhões, uma variação de 25%. O vice ficará com R$ 1,65 milhão e o terceiro colocado, R$ 1,1 milhão – na última edição foram R$ 1,5 milhão e R$ 1 milhão, respectivamente. Somente os dois clubes rebaixados à Série A2 é que não receberão prêmio em dinheiro da federação neste ano.

Outra novidade em relação a 2016 é o Troféu do Interior, que reunirá os seis clubes que não se classificarem para as quartas de final e não forem rebaixados, excluindo os times da Capital e o Santos. O campeão receberá R$ 360 mil e o vice, R$ 100 mil. No ano passado, a taça não foi disputada.