“Teria sido um belo dia com o início de um campeonato empolgante se não tivessem acontecido esses incidentes”, disse o presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Giancarlo Abete, sobre os danos causados pelos torcedores do Napoli que, neste final de semana, depredaram os trens da companhia estatal Trenitalia.

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A confusão começou quando centenas de torcedores do Napoli entraram sem pagar em um trem na estação central de Nápoles, com destino à capital italiana, para assistir à estréia da equipe no campeonato, diante da Roma.

“É preciso pedir com respeito e força que existam comportamentos adequados contra esses delinqüentes que poluem a convivência civil e estragam a imagem do futebol no plano nacional e internacional”, acrescentou Abete.

A companhia Trenitalia, que controla o transporte ferroviário no país, divulgou que os torcedores causaram sérios danos aos vagões, nos quais foram encontradas cortinas rasgadas, assentos danificados e escritas nas paredes. Além disso, cinco funcionários da companhia que tentaram conter o vandalismo foram agredidos pelos torcedores. Os prejuízos foram estimados em 500 mil euros.

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O vice-ministro do Interior, Alfredo Mantovano, definiu o vandalismo da torcida do Napoli como “gestos de poucas centenas de delinqüentes”, mas frisou que “isso não é admissível”.

Durante entrevista ao site nessuno.tv, Mantovano pediu a aplicação das “normas que já estão em vigor e, dentre elas existe aquela que proíbe as viagens aos torcedores que não merecerem”.

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“Certamente é uma medida drástica, que atinge toda a torcida, mas a norma é essa e tem que ser aplicada”, disse o vice-ministro.

Após a Itália perder para Ucrânia e Polônia a candidatura a país-sede da Eurocopa 2012, os problemas com a segurança e a violência passaram a ser apontados como principais entraves para o país voltar a receber grandes eventos esportivos internacionais.