Quase três meses após a realização do Mundial Júnior de Remo, evento-teste da Olimpíada, na Lagoa Rodrigo de Freitas, a Federação Internacional de Remo (FISA, na sigla em inglês) emitiu comunicado para informar que, a partir de variadas métricas, concluiu que é saudável a água que vai receber as provas de remo e canoagem velocidade nos Jogos do Rio, em 2016.

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“A Fisa tem orgulho de informar que os resultados (de um levantamento feito com todas as federações que participaram do Mundial) mostram que a incidência de doenças foi muito menor do que na comparação com eventos dos anos anteriores”, disse a entidade.

Logo após a competição, a agência de notícias The Associated Press (AP) denunciou que 13 atletas norte-americanos, de uma delegação de 40, voltaram aos Estados Unidos com problemas estomacais. À época, especulou-se que essas doenças haviam sido causadas pela poluição da Lagoa. Grande polêmica, então, foi novamente criada.

A Fisa respondeu agora, relatando que, de 54 países participantes, 40 não tiveram atletas ou treinadores doentes. Dos demais, 13 tiveram entre um e cinco casos de doença, enquanto só os norte-americanos tiveram mais do que cinco.

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“Sempre que um grupo viaja junto para outro país existe o risco de doença. Isso pode ser causado por uma série de fatores, incluindo novas comidas consumidas, o impacto de longos voos, assim como os novos ambientes viajando com um grande número de pessoas. O nível de doenças no Mundial Júnior no Rio foi menor do que qualquer outro Campeonato Mundial Júnior”, assegurou o diretor-executivo da Fina, Matt Smith.

Sem nunca citar diretamente o caso norte-americano relatado pela AP em agosto, a Fisa deixa claro que não relaciona a alta incidência de doenças entre os remadores dos EUA com a qualidade da água da Lagoa. “Nossa pesquisa observou que dois remadores viraram na água durante uma regata e os torcedores holandeses pularam nela para comemorar uma vitória. Nenhum deles ficou doente”, ressalta a Fina.

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A entidade ainda citou os resultados dos estudos feitos dois dias por semana pela Prefeitura do Rio na Lagoa para medir a qualidade da água e lembrou que, usando as recomendações da Organização Mundial de Saúde, “durante a época do campeonato, a qualidade da água foi bem acima do limiar de preocupação para contato secundário e ainda abaixo do limiar para contato primário”.

A Fisa conclui o comunicado dizendo que sua pesquisa concluiu que o Mundial no Rio aconteceu “em condições de qualidade da água muito aceitáveis”. Novamente sem citar os americanos, a entidade diz que, “embora seja lamentável que algum remador fique doente e ou perca sua chance de competir em um grande evento, o número de doenças entre as equipes no evento deste ano foi muito baixos quando comparados com os Mundiais Juniores de anos anteriores”.