Pano pra manga!

Federação dá a versão da entidade sobre o cancelamento do Atletiba

Dirigentes do Furacão e do Coxa tentaram argumentar com a arbitragem. Foto: Hugo Harada

A Federação Paranaense de Futebol (FPF) se manifestou sobre o cancelamento do jogo entre Atlético e Coritiba que seria realizado neste domingo (19), na Arena da Baixada. Enquanto dirigentes atleticanos e coxas-brancas afirmaram que a partida não foi realizada por retaliação da entidade à transmissão que seria realizada via internet, o advogado da FPF, Emerson Fukushima, negou a informação. A causa da não realização da partida, segundo ele, foi porque profissionais não credenciados que estavam dentro do campo na hora do jogo.

As informações, na verdade, passaram a ficar desencontradas momentos depois do cancelamento do clássico Atletiba. Os clubes, que não aceitaram a proposta da RPCTV, detentora dos direitos de transmissão, acusam a FPF de retaliação. Porém, Fukushima esclarece que a entidade apenas fez cumprir o regulamento no que diz respeito a permanência de profissionais de imprensa dentro do campo.

“Infelizmente Atlético e Coritiba resolveram infringir o que determina o regulamento do campeonato. Simplesmente mantiveram durante todo o tempo repórteres não credenciados no gramado. O Atlético e o Coritiba não credenciaram os repórteres e foi determinado que eles saíssem do gramado. Eles não saíram. O Atlético, então, resolveu dizer que a Federação foi contra a transmissão”, contou, em entrevista à Rádio Transamérica.

O vice-presidente do Coritiba, José Fernando Macedo, momentos antes do cancelamento da partida, concedeu entrevista no gramado da Arena e disse que sugeriu a realização da partida sem os profissionais de imprensa no gramado. Entretanto, Fukushima afirmou que isso não aconteceu.

“A Federação, detentora do Paranaense, zela pelo campeonato. A CBF jamais permitiria que repórteres não credenciados ficassem em campo. A Federação segue o regulamento e bastaria que eles determinassem a saída dessas pessoas. A arbitragem aguardou um tempo que fizessem isso. Mas eles permaneceram até o final da partida fazendo entrevistas lá dentro com dirigentes dos dois clubes”, cravou.

O advogado da entidade máxima do futebol paranaense garantiu que o cancelamento da partida não teve nada a ver com qualquer retaliação por parte da entidade. “Atlético e Coritiba não informaram nada à Federação sobre a transmissão. Ficamos sabendo tudo pela imprensa. Nunca chegamos discutir isso. Lamentamos pelos torcedores que foram ao estádio. A Federação não tem responsabilidade pela partida cancelada. A responsabilidade é exclusiva de Atlético e Coritiba”, prosseguiu Fukushima.

Assim, o primeiro Atletiba de 2017 deve parar no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) da FPF. Ainda não se sabe se a partida será remarcada e quando vai acontecer. Tudo dependerá, a partir de agora, dos relatórios dos observadores da entidade e da súmula do árbitro Paulo Roberto Alves Júnior.

“É muito provável que seja levado ao TJD-PR, que vai avaliar essa atitude do Atlético e do Coritiba de não respeitar a retirada dos repórteres não credenciados de campo. Vamos verificar quais as conseqüências disso e aguardar os próximos acontecimentos. Precisamos dos relatórios do jogo, da súmula e, verificando tudo, veremos qual a forma de resolver isso”, concluiu Fukushima.

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