O brasileiro Arthur Zanetti recebeu uma ótima notícia às vésperas do início do Mundial de Ginástica Artística em Antuérpia, na Bélgica. O técnico Marcos Goto revelou que a Federação Internacional de Ginástica (FIG) classificou o novo elemento executado pelo campeão olímpico com o valor F, a nota máxima no código de pontuação para cada um dos movimentos que formam uma série.

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“Temos boas novidades por aqui porque a FIG reconheceu o elemento novo como de valor F. O Arthur e o Chico (Francisco Barreto) passaram muito bem pelo treino de pódio. Fizemos a prova nova, com o novo elemento sendo confirmado o valor F”, informou o treinador de Zanetti.

O novo elemento foi apresentado por Zanetti no treino de pódio do Mundial, realizado neste sábado. O brasileiro vai competir nas argolas na próxima terça-feira, na fase de classificação, e garante que não se sente pressionado pela avaliação. “A expectativa é a mesma. Não vou colocar mais ou menos pressão, só a que considero adequada para fazer o elemento”, disse.

O brasileiro iniciou a preparação do novo elemento no final do ano passado e o apresentou aos jurados da FIG na etapa de Anadia, em Portugal, da Copa do Mundo, em junho. Naquela oportunidade, o elemento recebeu valor E (0,500 na nota), mas Zanetti e Goto solicitaram à FIG uma reavaliação e enviaram um vídeo. O pedido foi aceito agora em Antuérpia, com valor F (0,600 na nota). Isso significa que a série de Zanetti fica valorizada em um décimo em relação aos demais competidores nas argolas.

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“Se não fosse F, não colocaríamos na série porque seria um risco desnecessário”, disse Zanetti. “Um dia, o Marcos olhou no código e viu que não tinha. Criou o movimento e me propôs: ‘Vamos começar a treinar aí para ver se inserimos isso no código’. Eu disse: ‘Vamos’. Começamos a trabalhar e acabou dando certo”, completou o ginasta.

Zanetti explicou que o novo movimento exige muito esforço e dores. “É logo o primeiro elemento que faço na minha série. É muito difícil, cansa fazer, exige energia e com ele eu gasto muita força. Fico com os braços acima do corpo, paralelo ao solo, e subo até os braços ficarem abaixo do meu corpo, ainda paralelo ao solo. Saio de uma extremidade, abaixo das argolas, e vou até a outra, acima das argolas. Faço muita força para subir o corpo. É um elemento bem difícil mesmo, mas espero que valha a pena fazer”, comentou.

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