FDE pode garantir Copa na Arena da Baixada

Na busca por fontes de recursos para viabilizar a reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014, uma das alternativas é o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), um instrumento que o Estado do Paraná possui para investimentos em áreas de interesse econômico.

Para serem liberados, os recursos deste fundo passam basicamente pelos mesmos trâmites que os do BNDES, com o agravante de que é preciso que se transforme em lei a ser aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado.

De acordo com Murilo Schmitt, presidente da Agência de Fomento do Estado do Paraná, gestora do FDE, “há recursos para esses investimentos, mas os valores e as garantias são parecidos com o que o BNDES analisa e pede para liberar recursos”.

Os juros, ainda que em tese possam ser mais vantajosos em relação ao BNDES, necessitam passar pela análise técnica da Agência de Fomento e por lei precisam ser analisados pela Assembleia, explicou Schmitt.

Além disso, uma instituição financeira precisa viabilizar a transação. O Atlético precisa de R$ 130 milhões para a ampliação da Arena segundo as normas da Fifa, mas se dispõe a gastar R$ 30 milhões.

Murilo Schmitt explicou que o FDE foi criado na década de 60, usando partes do antigo Imposto sobre Circulação de Mercadorias, atual ICMS, para a criação da Cidade Industrial de Curitiba e financiando as indústrias lá instaladas.

“Nos anos 90 ele foi usado para atrair as montadoras Renault e Volkswagen ao Paraná. Tanto que o fundo não é apenas composto por dinheiro. Há ações da Renault”, explicou.

Protesto

Os vereadores que integram a Comissão da Copa 2014 na Câmara Municipal de Curitiba protestaram contra o Governo do Estado e Prefeitura Municipal por terem sido “excluídos” dos debates, viagens e reuniões sobre o tema.

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