Caiu a máfia da Fifa

FBI diz que falcatrua na Fifa movimentou R$ 450 milhões

Quando Al Capone era o líder da máfia nos Estados Unidos, suas contravenções não eram suficientes para que ele virasse alvo de um processo na Justiça. Mas, como retrata a história de “Os Intocáveis”, foi por conta da sonegação de impostos, um problema muito menor dentro da lista de crimes do gângster, que ele parou na cadeia – dali foi puxado o fio daquela longa meada. Ontem, parece que o fio do futebol foi puxado. Uma ação do FBI, respaldada por três anos de investigações da Justiça dos Estados Unidos, prendeu sete personagens ligados à Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. As figuras foram detidas na Suíça, a apenas dois dias da eleição na entidade mais importante do futebol mundial – e que movimenta bilhões de dólares todo ano. De acordo com o FBI, o esquema envolveu um desvio de aproximadamente R$ 450 milhões. Além disso, as investigações avançam em cima das escolhas das sedes das Copas de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar. A Copa no Brasil, no ano passado, também faz parte do pacote.

Em uma tentativa de limpar a barra, a entidade máxima do futebol mundial declarou que as prisões são boas para melhorar sua imagem. Já a CBF, atualmente presidida por Marco Polo Del Nero, até então vice-presidente de Marin, preferiu se manifestar dizendo apenas que é a favor das investigações, mas que não irá apontar culpados ou inocentes. O fio vai se desenrolando cada vez mais.

Outro escândalo

Duas semanas atrás uma outra polêmica envolvendo a CBF e seus dirigentes veio à tona. O ex-presidente Ricardo Teixeira assinou um contrato com a ISE, empresa com sede nas Ilhas Cayman e que tinha os direitos de transmissão dos jogos da seleção e exigia que os convocados fossem atletas midiáticos. Em troca, pagava R$ 3,14 milhões por partida.

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